10 motivos para assistir “Dear White People”

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Já faz um tempinho que Dear White People estreou no Brasil. Foi no dia 28 de abril, cerca de duas semanas atrás. E nem de longe causou o furor e o burburinho que outras séries como 13 Reasons Why causaram. Já nos Estados Unidos, a polêmica foi grande, como falamos AQUI. A série foi acusada de racismo reverso e teve gente cancelando a assinatura do Netflix.

A série é inspirada no filme de mesmo nome, e aborda o racismo e o preconceito sofrido por uma minoria dentro de uma universidade importante dos EUA, na qual a maioria é feita de alunos brancos e ricos. E se você estava precisando de um bom motivo para assistir Dear White People, a gente te dá logo 10 porque a série é boa demais! Olha só:

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1 – Protagonismo
Seja qual for sua minoria, a série passa a mensagem de quem todos têm direito a ter voz e a serem protagonistas de suas próprias histórias. Abordar de forma tão clara e direta o racismo faz com que quem sente na pele esse problema se sinta representado.

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2 – Negro não é fantasia de carnaval, halloween, de nada!
Um dos motes principais de Dear White People é como os alunos lidam com uma festa na qual os alunos vão fantasiados de negros. Sim, para “homenagear” a negritude, eles pintam a cara de marrom e exageram os estereótipos: usam armas para parecerem rappers, outra aluna aparece de peruca rosa para fazer a Nicki Minaj, tudo feito de forma bastante caricata. Isso é o que chamamos blackface. E vamos combinar: é feio usar uma minoria como fantasia quando muita gente só maltrata e desrespeita essa mesma minoria.

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3 – Elenco e direção incríveis
Na lista de elenco, praticamente nenhum nome conhecido. Mas isso não é problema: cada ator desempenha seu papel de forma magistral. Vale ressaltar que cada episódio é centrado em um personagem diferente, e dirigido por um diretor diferente, o que dá outra dimensão a série. E dentre os diretores, nomes como Barry Jenkins, o mesmo que comandou Moonlight, ok?

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4 – Não é só negro que sofre racismo
Pois é… Isso é algo que no fundo muita gente sabe – e sente! – mas pouco se fala disso. Sem dar muitos spoilers, o assunto é abordado de forma ão sutil no quinto episódio que é preciso ficar atento para notar isso… O engraçado é que a série deixa bem claro que, por outro lado, o branco nunca sofre racismo. Não adianta: dzer que ser chamado de “branquelo azedo” nunca vai ser racismo reverso. Nenhum branco nunca foi parado ao entrar em uma loja cara ou olhado com desconfiança só pelo fato de ser branco.

5 – O ritmo é super envolvente
Quem pensa em um seriado que aborda racismo deve logo achar que é algo pesado, denso. E na verdade é, mas o ritmo da série, em momento algum, é monótono ou difícil. Para começar, são episódios curtos – cerca de 30 minutos ou menos) – que passam a mensagem de forma leve. O humor é usado na medida certa, sem nenhuma dose de besteirol. E da metade da trama para frente, a tensão aumenta sem deixar a coisa toda insuportável, sem assustar. Apenas, a vontade de assistir logo o próximo episódio e descobrir o que vai acontecer.

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6 – Colorismo existe sim!
Falar de colorismo no Brasil  é difícil. A série por der norte-americana, mas vai atingir em cheio aos milhares de brasileiros que se consideram “pardos”. Mulatos, morenos, escurinho, cor de jambo… As diferentes tonalidades de pele negra são muitas em nosso país miscigenado e, infelizmente, isso acaba afetando o quanto de racismo uma pessoa vai sofrer na vida. Na série, isso fica claro quando analisamos as vidas das personagens Coco e Sam:uma negra de pele mais escura e outra negra de pele mais clara e olhos verdes. Dá para adivinhar quem sofreu mais com o racismo?

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7 – O ponto de vista de quem fala é importante
Já ouviu falar em mansplanning? É o nome em inglês dado para o ato de um homem querer explicar algo óbvio para uma mulher. Por exemplo, um cara que quer explicar o que é cólica para uma menina. Pois bem, ninguém melhor do que uma mulher para explicar um problema feminino, certo? Isso porque o ponto de vista de quem fala é importante. Em Dear White People, são negros falando sobre racismo, ou seja, o lugar de fala é importante. Seria no mínimo esquisito ver brancos falando sobre o racismo sofrido pelos negros,não seria?

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8 – Existem várias formas de se exercer a negritude
Isso é algo que fica claro logo no primeiro episódio, quando os diferentes grupos de negros que formam os núcleos do seriado são apresentados. Aqui não vamos falar muito que não teria como fugir do spoiler…

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9 – É uma série que incomoda
Mesmo que seja leve, bem humorada, Dear White People, no fundo, causa certo incômodo em quem assiste. Seja branco, negro, amarelo ou vermelho. Incomoda porque sabemos que tudo o que está ali é real, acontece na vida real, não é historinha de seriado. Mas levanta uma discussão ão válida quanto a do suicídio, levantada em 13 Reasons Why.

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10 – O racismo e a segregação não acabaram
Por fim, outro excelente motivo para assistir Dear White People é mostrar que a ilusão de que a segregação racial acabou é uma mentira. Faça um exercício simples: daqui em diante, onde você for, repare ao redor e conte quantas pessoas negras tem. Mas não negros trabalhando, negros que estejam desfrutando do local assim como você. Restaurantes, supermercados, bares, todos os locais. Você vai se surpreender muitas vezes como há locais em que quase não entram negros. E você ainda acha que não hã segregação?

Post longo porque a série é boa. Convencidos a assistir Dear White People?

Fotos e vídeo: Reprodução

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