Coletivo 5 a Seco em show inédito nesta sexta, em Fortaleza

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Num grupo que nasceu com o preceito de ser a união de cinco artistas com carreiras e formações singulares – um coletivo de compositores e não uma banda -, reunir elementos diferentes e fundi-los num todo coerente é um processo contínuo: uma síntese por dia. Mas é mais do que isso. Método, processo ou operação que consiste em reunir elementos diferentes, concretos ou abstratos e fundi-los num todo coerente. Esta é, sem mudar uma vírgula, a definição do verbete síntese encontrada na wikipedia. Esta é, sem mudar uma vírgula, a descrição fiel e precisa do funcionamento interno do 5 a Seco ao longo dos quase oito anos de trajetória até o momento.

Em março, no Rio de Janeiro, aconteceu o lançamento do mais novo trabalho do grupo, o álbum Síntese. Agora, chegou a vez do público cearense conferir de perto todo o som e harmonia do grupo que encanta plateias por onde passa. 

Podemos dizer que o disco Ao vivo no Auditório Ibirapuera (2012) é a tese: a potência do encontro dos cinco “cantautores” apresentada como ela nasceu, num espetáculo ao vivo. A ideia das trocas de formação instrumental, da ausência de uma formação fixa, com os cinco integrantes dispostos em linha na frente do palco: tudo isso está ali.

Já o álbum Policromo (2014) é a antítese: um álbum de estúdio, cheio de overdubs e experimentações sonoras, com uma procura muito mais detalhada de timbres e texturas, um flerte com uma sonoridade de banda pop: um passo adiante, um contraponto.

Agora, o que podemos observar em Síntese é a integração desses dois mundos.

Do primeiro trabalho, retorna a ideia de experimentar longamente um show antes de registrá-lo em álbum; a noção de que é nas apresentações ao vivo que o 5 a Seco se mostra em sua forma essencial e o conceito da formação em linha, aqui radicalizado, retirando os instrumentos que ficavam ao fundo do palco e posicionando-os à frente.

Essa escolha tem a ver com a afirmação da identidade conceitual do coletivo. Pode saltar aos olhos e ouvidos, nesta nova etapa, a falta do violão, que é o instrumento de origem de cada um dos músicos e com o qual foram tantas vezes associados. Bem, isso não é uma ruptura: é apenas o comprometimento com a procura de uma sonoridade surpreendente- não só para os ouvintes, mas também para eles mesmos. O violão permanece como matriz afetiva, onde vão fabricar as canções para apresentar ao mundo.

Mas é mais do que isso.

É a alegria dos cinco (Leo Bianchini, Pedro Altério, Pedro Viáfora, Tó Brandileone e Vinicius Calderoni) de estarem juntos e a crença compartilhada na importância do encontro. É a chance de olhar e considerar o outro num momento de crescimento da intolerância no mundo. E, na celebração deste encontro, a crença na força das canções e a sorte de poder tocá-las e cantá-las. E melhor: fazer isso junto.

Em síntese, é isso.

Serviço

5 a Seco em Fortaleza
Data: 18 de maio (sexta-feira)
Local: Teatro RioMar Fortaleza
Ingressos: No local
Valores: Plateia Alta – R$ 70 (inteira) / R$ 35 (meia) | Plateia Baixa B – R$ 90 (inteira) / R$ 45 (meia) | Plateia Baixa A – R$ 100 (inteira) / R$ 50 (meia)

Fotos e vídeo: Reprodução

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