Quem é você no meme do compartilhamento de contas da Netflix? É o que paga pelo serviço? É um dos parasitas? Ou é o parasita do parasita??? Seja como for, uma coisa é fato: praticamente todo mundo se encaixa em algum desses três perfis. Isso porque o compartilhamento de contas da Netflix tem se tornado uma prática cada vez mais comum. Segundo uma pesquisa feita pela Magid, cuja a Synamedia utiliza como base, cerca de 26% da geração millennial compartilha suas contas da Netflix. Mas essa prática está com os dias contados…
Acontece que a plataforma de streaming resolver pôr em prática uma “ameaça” que há tempos já vinha fazendo: a de cobrar uma taxa a mais para quem acessar a plataforma fora de seu “domicílio cadastrado”, por assim dizer. Essa ideia foi anunciada há tempos, ainda lá em 2019. Na época, de acordo com o The Daily Mail, foi lançado um sistema alimentado por inteligência artificial foi projetado para rastrear e analisar quais usuários estão logados em lugares diferentes. E justamente isso o que indica que as contas estão sendo compartilhadas.
Atualmente, a Netflix possui um sistema no qual uma conta pode ser transmitida em até quatro dispositivos diferentes simultaneamente. Sendo assim, uma família em que todos utilizassem o serviço não teria problemas ,já que, em tese, todos estariam no mesmo endereço. Já quando ocorre o compartilhamento de contas, os locais de acesso são completamente diferentes e os números de IP dos servidores de internet, também. Ao reconhecer que o usuário estaria acessando o catálogo de um IP que não fosse o mesmo cadastrado no endereço, uma taxa adicional será cobrada.
Compartilhamento de contas da Netflix já foi bloqueado em vários países
Um software, lançado na CES em 2019, descobre indícios de atividades ilegais. Para isso, ele rastreia os as contas estão sendo usadas de forma incorreta. Ele também identifica os locais e dispositivos que os usuários utilizam o serviço com frequência e determinam que eles são “seguros” ou “reconhecidos” pelo sistema. Pois bem, o que parecia uma ameaça distante virou realidade em diversos países latinoamericanos: Argentina, El Salvador, Guatemala, Honduras, Republica Dominicana, Honduras, Perú, Chile e Costa Rica. Quem quiser dividir a conta precisará desembolsar, por exemplo, US$ 8,99 na Costa Rica, ou 7,9 Soles no Peru, e 2380 pesos chilenos.
E agora a novidade nada agradável vai chegar ao Brasil também. Chengyi Long, diretor de produto e inovação no Netflix, revelou que a plataforma de streaming decidiu alargar a “funcionalidade” a mais territórios, algo que terá início em 2023. No entanto, nem a data de início da cobrança pelo compartilhamento de contas da Netflix e nem o valor dela foram divulgados ainda. Vale lembrar que, segundo os termos e condições da Netflix, compartilhar senhas é, de fato, ilegal. mas será que ela vai conseguir ir contra essa prática tão comum em nosso país? Será mesmo esse o fim do compartilhamento de contas na Internet?
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