Provavelmente, você já deve ter conhecido alguém com autismo. Mas, para muitas pessoas, essa condição ainda é um mistério e tem gente que fica perdida tentando decifrar as emoções e os comportamentos das crianças que nascem com o autismo. Nesse sentido, o Pátio Hype preparou essa matéria com dicas para todo mundo saber lidar com o autismo. Confere aí!
Primordialmente, as pessoas que nascem com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), dependendo da gravidade da condição, são capazes de realizar todas as funções na sociedade.
No entanto, a condição traz peculiaridades no comportamento dos acometidos que podem causar estranheza em um primeiro momento. Porém, com empatia, respeito e informação, é possível tornar o mundo desses indivíduos mais confortável e livre de preconceitos.
O que é autismo !?
Antes de começar, você sabe o que de fato é o autismo? Essa condição, é um transtorno do neuro-desenvolvimento, normalmente identificado nos primeiros anos de vida.
Vale lembrar, que diferentemente de outros problemas, como na síndrome de Down, o indivíduo não aparenta nada diferente dos padrões no aspecto físico. Entretanto, os prejuízos na interação social são características fortes das crianças com TEA, que demonstram, na maioria das vezes, dificuldades para estabelecer e desenvolver relacionamentos com os outros.
Essa condição é uma doença?
Não! o Autismo não é doença, (uma vez que não está ligado ao risco de morte) e tratá-lo assim pode configurar uma ofensa à pessoa que nasceu com TEA, e também à sua família.
Ainda assim, nem sempre é possível reconhecer, de imediato, quem é autista e quem não é.
A ocorrência do autismo em homens é muito maior do que em mulheres. Porém, o transtorno não é exclusivo do sexo masculino, ok?
Não há diferença neles quanto ao diagnóstico, mas talvez a percepção do autismo nas meninas pode demorar mais, já que a tendência é encararmos as meninas como pessoas naturalmente mais discretas.
Além disso, o autismo é definido em três graus bem definidos. São eles:
Autismo leve :
No nível 1, a grande dificuldade é a inabilidade de desenvolver suas relações com as outras pessoas em determinados contextos. Também é possível identificar um atraso no desenvolvimento da linguagem, uma tendência de isolamento e a dificuldade de flexibilidade com ordens e regras.
segue abaixo alguns comportamentos comuns ao autismo leve:
- Pouco ou nenhum contato visual direto;
- Pouca vontade de conversar;
- Alteração da entonação da fala;
- Apego a algum objeto ou interesse muito persistente por algum assunto;
- Dificuldade de mudar a rotina;
- Não atender quando lhe chamam pelo nome.
Autismo moderado
No nível 2, as diferenças estão, principalmente, no quanto os indivíduos dependem de uma outra pessoa para realizar atividades comuns. Além disso, um autista de grau moderado pode apresentar alterações comportamentais, como a agressividade devido ao estresse causado por não conseguirem um diálogo efetivo com as pessoas.
Autismo severo:
–No nível 3, o autista severo é completamente dependente de um adulto para realizar as atividades do cotidiano. Nesse sentido, o indivíduo não tem autonomia para comer ou fazer suas necessidades, por exemplo.
Uma reportagem da BBC Brasil, demonstra que podem ocorrer crises violentas, situações de vergonha social, comportamentos inadequados e autoflagelo. Apesar de os problemas dos graus 1 e 2 se acumularem, nem todos os autistas severos apresentam agressividade e os traços evidenciados acima podem variar caso a caso.
Dicas para lidar com o autismo
Independentemente de você estar diretamente ligado a uma criança ou adulto autista, é essencial saber como se comportar e interagir com essas pessoas. Para te ajudar nessa caminhada separamos algumas dicas:
1 – Cuidado com toques e palavras
Em primeiro lugar, coloque-se no lugar do autista e tente entender como essas coisas podem atingir a criança, que tende a ser mais sensível do que as pessoas normalmente são.
Ao explicar algo para um autista, evite ironias, expressões de duplo sentido ou termos muito abstratos. Até porque, a maioria dos indivíduos com essa condição entendem coisas de forma muita direta e objetiva e sinais ou gestos podem não ser tão óbvios quanto você pensa.
2 – Seja delicado
Tenha sempre uma postura que acalme e não que agite. Lembre-se que os autistas podem se incomodar com barulhos, confusão e quebras na rotina. Por isso, seja delicado, não visite a casa de uma família com um autista sem agendar antes, e também evite desmarcar em cima da hora.
3 – Estimule novas formas de comunicação
Muitos autistas são altamente estimulados por coisas mais visuais. Por isso, invista em desenhos, fotos, vídeos ou qualquer outro meio que chame mais atenção do que somente falar.
4 – Imponha limites
Especialmente para os papais e mamães de plantão, as crianças com TEA terão dificuldade de aceitar e entender regras e limites. Logo, é papel dos pais ensinar para que, desde cedo, o filho entenda o que é permitido e o que não é nos ambientes onde ele circula.
5 – Seja criativo
Ah chave aqui é pensar fora da caixinha! pesquise brincadeiras e atividades que fujam do óbvio. Tendo em vista, que essas crianças nunca vão entregar um resultado padrão. Afinal, se educar e entreter uma criança nerotípica já é um desafio, é preciso ser ainda mais criativo com um autista.
6 – Deixe-os em contato com animais
Por fim, estudos apontam que crianças autistas ficam mais à vontade com animais de estimação. Por isso, invista em um animal que a criança goste, mas cães de pequeno e médio porte são os mais indicados.
Entretanto, se estamos falando de um autista severo, é preciso que você esteja junto sempre que houver interação, para evitar que uma crise de agressividade ou simplesmente o comprometimento cognitivo dessas pessoas prejudique o bem-estar do animalzinho.
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Fotos: reprodução.