Um bom papo faz bem para o corpo e para a mente, não é verdade? Após longos períodos de isolamento, nosso apetite pelo contato social é maior do que nunca. No entanto, é frustrante quando nossas palavras simplesmente se atravessam, sem que ocorra uma comunicação profunda. Pensando nisso, o Pátio Hype preparou dicas que podem melhorar suas relações.
Antes de mais nada, todo mundo já passou por algum momento em que ficamos formando conexão apenas para sair da conversa com a sensação de que o papo não levou ninguém a lugar nenhum.
Seja com um amigo próximo, no uber ou na fila do bando, todos já ‘jogamos conversa fora‘. Mas, você sabia que é possível identificar e remover as barreiras existentes no caminho para ter uma conexão mais profunda com alguém?
Dicas para conversar melhor
1 – Pergunte
Por mais óbvio que pareça, o primeiro passo para ter um diálogo significativo em vez de dois monólogos intercalados é perguntar.
De acordo com Karen Huang, professora da Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos, fazer perguntas faz uma diferença significativa para que as pessoas sejam consideradas simpáticas.
Além disso, nem todas as perguntas são igualmente atraentes: uma pergunta pedindo mais informações sobre um tema anterior é mais atraente do que outra que mude de assunto ou que uma pergunta “espelho” que simplesmente copia o que alguém já perguntou a você.
2 – Tenha empatia
Temos certeza que você já ouviu, pelo menos algumas vezes, que precisamos nos colocar no lugar do outro. Porém, dificilmente a nossa empatia é tão real quanto pensamos.
Segundo Nicholas Epley, professor de ciências do comportamento da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, uma razão para isso é o egocentrismo.
” Nós usamos a nossa própria experiência, nosso próprio estado mental, como indicador para os outros – E deixamos de diferenciar suficientemente as duas pessoas.” afirma o professor.
É preciso entender que quase nunca as outras pessoas vão ter o mesmo estado de espírito ou a mesma opinião que nós e isso é absolutamente normal!
Curiosamente, o nosso egocentrismo é pior quando estamos com pessoas conhecidas e não com estranhos.
“Muitas vezes, nós consideramos os parceiros e amigos próximos como sendo similares a nós e então consideramos que eles sabem o mesmo que nós sabemos”, explica Epley. Com pessoas estranhas, podemos ser um pouco mais cautelosos com essas suposições.
Para sanar esse problema, imagine deliberadamente o que a outra pessoa está sentindo e pensando, com base no conhecimento que você tem dela. Assim, em muitos casos, é possível reduzir a precisão da nossa percepção social.
Já que ela ainda se baseia nas nossas suposições, que podem não ser verdadeiras. Ainda assim, é muito melhor perguntar à pessoa o que ela realmente pensa e sente do que tentar adivinhar, não acha?
3 – Familiaridade ou originalidade?
Normalmente, as pessoas comete o equívoco de presumir que os outros preferem a originalidade, que devemos sempre tentar transmitis algo novo e interessante.
No entanto, segundo as pesquisas de Gus Cooney, psicólogo social da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, nós sofremos uma “punição por novidade” quando discutimos algo novo, em comparação com assuntos que já são familiares para o ouvinte.
Cooney ressalta que a punição por novidade surge das “lacunas de informação” nas nossas conversas. Se estivermos falando sobre algo completamente novo, nossa audiência pode não ter conhecimento suficiente para compreender tudo o que estamos dizendo.
Mas, se estivermos falando sobre algo já familiar para a nossa audiência, os próprios ouvintes podem preencher essas lacunas e se sentirem mais confortáveis na conversa.
Para superar a punição por novidade, você pode adaptar a sua história para ajudar a criar uma impressão viva dos eventos sendo descritos. “Quando você tem consciência disso, você poderá tentar dar um pouco mais de vida para aquela experiência”, afirma ele.
4 – Não tenha receio de se aprofundar no assunto
Por fim, não se limite a apenas jogar conversa fora!
Muitas experiências humanas compartilhadas podem ser incrivelmente profundas e a maioria das pessoas gostam da possibilidade de explorar seus pensamentos e sentimentos, mesmo se estiverem falando para um completo estranho.
“Nessas conversas profundas, você tem acesso à mente da outra pessoa e consegue reconhecer que a outra pessoa realmente se preocupa com você”, afirma Epley. E isso pode formar uma troca de palavras comovente, mesmo se você nunca mais encontrar aquela pessoa novamente.
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Fotos: reprodução.