Esse talvez seja um dos sinais mais claros dos tempos modernos, em que as mulheres querem primeiro se estabilizar profissionalmente e só depois decidem ter filhos. Mas em muitos casos, com o passar dos anos, as chances de engravidar naturalmente diminuem. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Nacional de Pesquisa Médica e Saúde, na França, revelou que mulheres que tomam medicamentos por terem dificuldade de engravidar podem prejudicar os futuros filhos, isso porque segundo a pesquisa eles têm mais que o dobro de chances de desenvolver leucemia.
O estudo foi publicado no jornal Daily Mail. Os pesquisadores contaram com informações de 2.445 crianças francesas, sendo que 764 tinha a doença e 1.861 eram saudáveis. Os cientistas constataram que os pequenos apresentam 2,6 mais probabilidade de terem leucemia linfoblástica aguda – considerada a mais comum – e 2,3 de terem leucemia mieloide aguda – a mais rara – se suas mães utilizaram algum tipo de medicamento para engravidar.
E para a surpresa dos pesquisadores, não houve nenhum aumento de risco associado à fertilização in vitro ou inseminação artificial. “Sempre houve a hipótese de que tecnologias de reprodução assistida possam estar envolvidas no aparecimento do câncer na infância já que envolvem tratamentos repetidos no momento da concepção e ou manipulação do espermatozóide e do óvulo”, disse o pesquisador Jeremie Rudant.
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