As lendas urbanas mais bizarras da internet brasileira

#30diasdehalloween
lendas urbanas brasileiras

Quando o Halloween se aproxima, a internet brasileira mostra sua face mais sombria. Afinal, essa é a temporada perfeita para revisitar as lendas urbanas que nasceram (ou se eternizaram) no imaginário popular online, misturando terror, folclore e aquele toque bizarro que só a cultura digital do Brasil consegue produzir. Então, no clima do nosso Mês do Terror, repare-se para conhecer (ou relembrar) as histórias e lendas urbanas brasileiras que já fizeram muita gente perder o sono.

A Loira do Banheiro

Clássico absoluto das escolas brasileiras, a Loira do Banheiro ganhou força nos anos 2000 com fóruns e correntes assustadoras. A lenda – que, na verdade, era uma versão nacional da história de Bloody Mary – dizia que bastava repetir seu nome diante do espelho do banheiro escolar para invocar o espírito vingativo de uma mulher loira, morta de forma trágica. No início dos anos 2000, tinha até comunidade no Orkut dedicada às histórias dessa criatura assustadora. Muitos garantem que ouviram as portas rangerem sozinhas ou sentiram passos atrás de si. E, mesmo que fosse apenas sugestão da mente, quem ousava arriscar ficava marcado pelo medo.

A Boneca Xuxa assassina

Voltando um pouco mais no tempo, nos anos 1990, boatos começaram a circular de que bonecas da Xuxa ganhavam vida durante a noite e tentavam matar seus donos. A história dizia que algumas crianças acordavam com arranhões ou marcas de mordida, sempre apontando para o brinquedo. Naquele início da era da internet discada, os boatos se espalharam como pólvora, ganhando sites obscuros e até matérias sensacionalistas. O detalhe mais macabro: havia quem jurasse que a boneca murmurava frases incompreensíveis durante a madrugada.

O Homem do Saco versão digital

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Inspirado no velho mito do “homem do saco” que raptava crianças desobedientes, a versão moderna surgiu na internet com um tempero ainda mais assustador: perfis falsos em redes sociais que atraíam vítimas, principalmente crianças e adolescentes, prometendo jogos, prêmios ou encontros. Em algumas versões, dizia-se que quem aceitasse o convite sumia sem deixar rastros. Outros, porém, afirmavam que as crianças, após sequestradas, acordavam em uma banheira de gelo onde descobriam que tiveram um de seus rins ou parte de seus fígados retirados. Mas mais do que lenda, o mito servia como alerta sombrio sobre os perigos da web.

O desafio da Momo

Entre 2018 e 2019, viralizou no WhatsApp e no YouTube a história da “Momo”. Tratava-se de uma criatura de olhos esbugalhados e sorriso grotesco que supostamente incentivava crianças a se machucarem. Apesar de investigações provarem que se tratava de boatos inflados, a estética perturbadora da imagem (na verdade, uma escultura japonesa) fez com que a lenda crescesse como fogo em palha. O terror era tanto que pais e escolas entraram em alerta, e até hoje a Momo povoa o imaginário digital como um dos maiores medos coletivos da era online. Além disso, a repercussão ruim levou o artista que criou a escultura a destruí-la, a fim de acabar com a polêmica.

Correntes e mensagens amaldiçoadas

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“Se você não repassar esta mensagem para 10 pessoas, alguém próximo a você vai morrer.” Ou então “Oi, meu nome é Samara, tenho 14 anos (Teria se estivesse viva)”. Quem nunca recebeu algo assim? As correntes digitais foram, durante anos, combustível para a imaginação e o medo. De e-mails amaldiçoados a posts no Orkut, até correntes no WhatsApp, sempre existia a promessa de azar, tragédias ou perseguição espiritual. Algumas traziam histórias detalhadas de vítimas que “ousaram ignorar o aviso”. Não à toa, essas mensagens ajudaram a moldar uma das maiores tradições do terror online brasileiro.

E aí, qual sua lenda urbana favorita?

Fotos: Reprodução

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