Aquecimento global desacelera e intriga cientistas

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Os cientistas estão intrigados com um fenômeno que eles não sabem se vai ser rápido ou duradouro: a desaceleração do aquecimento global. A maioria das pesquisas e constatações feitas sobre as mudanças climáticas foi incapaz de prever que a elevação das temperaturas iria se desacelerar a partir do ano 2000, aproximadamente.

Para os cientistas, o fenômeno é essencial para o planejamento em curto e médio prazo de governos e empresas em setores tão díspares quanto energia, construção, agricultura e seguros. Muitos cientistas preveem um novo aumento do aquecimento nos próximos anos.

Entre as possíveis teorias para explicar a pausa é que os oceanos teriam absorvido mais calor pelo fato de sua superfície ficar mais fria do que se esperava. Outras especulam que a poluição industrial da Ásia ou nuvens estariam bloqueando o calor do sol, ou então que os gases do efeito estufa retêm menos calor do que se acreditava.

A mudança pode também decorrer de um declínio já observado na presença de vapor de água (que absorve calor) na alta atmosfera, por razões desconhecidas. Os cientistas dizem que pode estar ocorrendo uma combinação de vários fatores, ou variações naturais ainda desconhecidas.

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O desaquecimento é um problema

O que era pra ser motivo de posturas mais firmes dos governos para entender e agir no problema, acabou gerando uma apatia frente a ações mais concretas para uma transição rápida dos combustíveis fósseis para as energias renováveis, o que exige bilhões de dólares. Quase 200 governos já concordaram em definir até 2015 um plano para combater o aquecimento global, mas pouco foi feito.

“O sistema climático não é tão simples quanto as pessoas acham”, disse o estatístico dinamarquês Bjon Lomborg, autor do livro “O Ambientalista Cético”. Ele estima que um aquecimento moderado seria benéfico para as lavouras e para a saúde humana.

O painel de especialistas sobre clima da ONU (IPCC) vai procurar explicar a pausa atual no aquecimento em um relatório que será divulgado em três partes a partir de final de 2013, com o objetivo de servir como um roteiro científico principal para os governos na mudança de combustíveis fósseis para as energias renováveis, como a energia solar ou eólica.

Com informações da Reuters

 

Fotos: reprodução

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