Existem hoje no Brasil 627 espécies de animais ameaçadas de extinção. Mesmo sendo a extinção um processo natural das espécies, o fato ocorre de forma lenta, causado por fatores como o surgimento de competidores mais eficientes e catástrofes naturais.
O problema é que na atualidade esse processo está cada vez mais acelerado e o homem é o grande causador. Sua intervenção nos ecossistemas do planeta acelerou o desaparecimento de animais e plantas, um processo que deveria ocorrer lentamente.
Segundo informações da Agência de Notícias de Direitos dos Animais (Anda), fatores como o mau uso dos recursos naturais, a poluição e a expansão urbana estão entre os maiores agravantes que degradam ambientes naturais e reduzem o número de habitats para as espécies.
A alteração do ciclo natural do animal quando ele tirado pelo homem ou forçado a sair do seu habitat natural para outro ambiente também interfere no ciclo natural de espécies exóticas.
Muitas vezes, elas multiplicam-se rapidamente e dominam espécies nativas do local para onde foram levadas, causando um desequilíbrio que resulta no empobrecimento dos ambientes, na simplificação dos ecossistemas e na extinção de espécies nativas.
Na lista dos ameaçados de extinção estão 26 primatas e, entre eles, está o mico-leão-dourado, natural da Mata Atlântica, o bioma mais descaracterizado do país.
Os mamíferos carnívoros também sofrem com a destruição ou fragmentação de seus habitats, pois precisam de grandes áreas para obter suas presas, como o lobo-guará, encontrado em áreas como o Cerrado e o Pantanal.
Entre os animais aquáticos ameaçados está o peixe-boi, caçado em grandes quantidades desde o século 16 e hoje protegido por lei.
O avanço das cidades para áreas de florestas, a derrubada de árvores, a pesca ilegal a presença do homem em áreas preservadas põem em risco cada vez mais animais. O desaparecimento precoce de uma espécie coloca é agravante para a sobrevivência de toda uma cadeia alimentar essencial para o equilíbrio da fauna e flora.
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