Com as nações cada vez mais populosas, a instantaneidade da informação e a rapidez da tecnologia torna-se também urgente a necessidade de discutir e viabilizar uma prática global de desenvolvimento sustentável. Mas quando a pauta vem à tona, será que governos e sociedade realmente a entendem?
Entre as muitas teses para explicar o que é o dito desenvolvimento sustentável está a definição que surgiu na Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada pelas Nações Unidas para discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Ela diz:
Desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro.
Nesse sentido, a sustentabilidade está atrelada a um modelo de desenvolvimento econômico, social e respeito ao equilíbrio e às limitações dos recursos naturais.
Recursos finitos
É essencial reconhecer que os recursos naturais no mundo globalizado atual são cada vez mais escassos, ameaçados e finitos. Logo, pensar desenvolvimento sustentável depende de planejamento tendo em mente esses aspectos. Não é pensar na exploração pelo lucro, mas pela real necessidade de consumo.
Por isso práticas que levam em conta somente o crescimento econômico, modelo de praticamente todos os países, tendem a ser insustentáveis.
É preciso repensar velhas práticas de consumo, criar modelos de crescimento específicos para os países mais pobres e apostar em pequenas atividades mais localizadas, como agricultura familiar, ecovilas, extrativismo sustentável e tantas outras formas de convivência que homem desaprendeu com o passar do tempo. É preciso reaprender a viver.
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