ONU define acordo para controle de emissões de CO2 na aviação

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ONU define acordo para controle de emissões de CO2 na aviaçãoA Assembleia Geral da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci), agência da Organização das Nações Unidas (ONU) com sede em Montreal, no Canadá, chegou a um acordo para controlar o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) da indústria da aviação a partir de 2020, informaram nesta sexta-feira (4) fontes diplomáticas.

Para efetivar a decisão, a Oaci já vai manter, antes da data de sua próxima Assembleia Geral, no outono de 2016 (no Hemisfério Norte), um sistema que limita as emissões de gases de efeito estufa.

Especialistas ouvidos pela WWF Brasil, dizem que o avanço mais importante para controlar esta produção de gases seria um mecanismo de mercado que estabelece limites para as propagações globais e que exige que as empresas aéreas paguem um preço por suas emissões.

“Esperamos que o Brasil assuma uma posição responsável sobre este tema, ajudando a construção de um regime global que controle as emissões da aviação, muito importante para a redução dos gases de efeito estufa”, diz Mark Lutes, especialista em mudanças climáticas do WWF-Brasil.

A União Europeia (UE) também queria pressionar seus parceiros a implementar um sistema de imposto sobre as emissões de CO2 dentro de três anos. Mas a UE ficou isolada e teve que aceitar o consenso geral, explicou uma fonte que pediu para ter sua identidade preservada.

Em 30 abril, a UE já havia congelado por um ano a taxação sobre o CO2 para voos intercontinentais com origem ou destino a seus 28 países-membros. Esse imposto europeu provocou forte reação de muitas nações integrantes da Oaci. A China ameaçou a UE, inclusive, em fazer represálias contra a fabricante de aviões Airbus.

O acordo geral – enviado na última sexta (4) para votação dos 1.400 delegados de mais de 170 países que se reuniram na sessão plenária em Montreal – indica claramente que “os Estados deveriam colocar em andamento” até 2016 um sistema para limitar as emissões em nível mundial e rejeita de fato qualquer sistema regional, segundo a fonte.

Os representantes dos 28 Estados-membros da UE não conseguiram entrar em acordo sobre um pedido da Alemanha de adiar para 2024, em vez de 2020, a redução de emissões de CO2 dos veículos particulares para 95 gramas por quilômetro.

 

Com informações da France Presse e WWF Brasil
Foto: reprodução

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