Educação ambiental é oferecida para crianças

EcoFriendly

Desde 1998, ONG realiza trabalho em defesa da natureza

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A ONG Recicriança realiza um trabalho em defesa da natureza na Vila Estevão, na Praia de Canoa Quebrada. Essa ação vem acontecendo desde 1998 e cerca de 50 escolas estaduais e municipais participam, por ano.

As crianças participam da trilha na Área de Proteção Ambiental (APA) onde aprendem a lidar com a natureza e a defendê-la das agressões. Num espaço chamado sala verde, têm acesso à biblioteca com muitos livros sobre a temática ambiental. Nas oficinas de arte, que funcionam num galpão, aprendem, dentre outras coisas, a reciclar papel e outros materiais e a fazer bonequinha de pano.

De acordo com o coordenador do Recicriança, Tércio Vellardi, as falésias enfrentam grandes problemas. “Em 2006, as grandes chuvas daquele ano comeram cerca de seis metros de falésias em um ano. Se chover esse ano forte, podemos perder mais cinco metros, sobrando apenas cinco. Por mais estranho que possa parecer, para nós aqui, é melhor que não chova”, disse.

Vellardi destaca, ainda, que as falésias desempenham o papel de realimentar o mar e que isso deveria durar algumas décadas, mas está ocorrendo de forma célere em Canoa Quebrada e, dessa forma, pode trazer prejuízos incalculáveis àquele ecossistema.

O coordenador de meio ambiente da Prefeitura, Fábio Mineiro, reconheceu a gravidade da situação. “Estamos finalizando um projeto junto à Secretaria de Turismo do Estado que vai, dentre outras medidas, realocar as barracas numa área próxima ao Loteamento Paraíso, que fica à esquerda de quem desce para a Praia de Canoa. Alguns barraqueiros foram à Justiça para impedir, mas creio que conseguiremos derrubar as liminares”.

A Prefeitura também estuda uma forma de conter a força das ondas. “Precisamos fazer isso para preservar as falésias e até a Vila Estevão, que podem desaparecer”, disse Mineiro. Já em relação à drenagem da Broadway, Mineiro garante que um outro projeto, junto à Cagece, pretende impedir que as enxurradas aconteçam. “Temos que agir rápido, pois esse é outro fator que ameaça as falésias”, finalizou.

 

Foto: Reprodução

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