A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) quer instituir no Brasil a partir do próximo ano, o sistema de luz pré-paga.
As distribuidoras de energia elétrica foram autorizadas a oferecer o serviço de luz pré-pago, que vai funcionar como telefone: os créditos são adquiridos previamente pelo consumidor por um período. Mas os órgãos de defesa do consumidor não acreditam muito na funcionalidade essa ideia. Eles argumentam que energia é um serviço essencial e não pode ser cortado de forma automática, quando os créditos acabarem.
O serviço pré-pago pode ser uma alternativa para aquele que tem dificuldade em controlar o consumo de energia e deseja gastar menos. A Agência Nacional de Energia Elétrica já autorizou esse tipo de cobrança. O cliente pode comprar um crédito para consumir ao longo de uma semana ou de um mês.
Provavelmente não haverá limite para a quantidade de recargas. Cada aquisição pode começar com 1 kWh -que custa hoje cerca de R$ 0,50 e é o equivalente a uma lâmpada fluorescente compacta (com iluminação semelhante à da incandescente de 60 W) ligada cerca de duas horas por dia, durante um mês.
As concessionárias devem instalar um novo medidor, sem custo adicional para o consumidor, que mostrará a evolução dos gastos e o crédito remanescente. Quando o saldo estiver prestes a terminar, o dispositivo dispara um alarme visual e sonoro. A recarga poderá ser feita pela internet, por telefone e em pontos de venda cadastrados.
Nelson Leite, o presidente da Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica, afirmou que cada empresa irá analisar o perfil dos seus consumidores para decidir quanto ao oferecimento do sistema pré-pago. O Inmetro ainda terá que testar e aprovar os aparelhos medidores, antes que o serviço seja oferecido.
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