Uma lista das novas iniciativas de preservação ambiental que serão apoiadas pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, foi divulgada nesta semana. Os projetos serão apoiadas a partir do segundo semestre de 2014. Serão direcionados R$ 2,1 milhões para 20 novos projetos brasileiros. No Ceará foram contemplados dois projetos, um no bioma Caatinga e outro de ecossistema marinho.
O primeiro é da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis, o “Cariri Cearense – Oásis no Semiárido Protegido pelo PAN do Soldadinho-do-Araripe”, que fará jus a R$ 50.631,68 em 12 meses. Weber Andrade de Girão e Silva, responsável técnico pelo projeto, afirma que a aprovação do projeto em si não é motivo para comemoração. “Primeiro tivemos só três projetos aprovados no bioma Caatinga e este é o único no Ceará”.
De acordo com Weber, os recursos do edital serão investidos na execução de cinco objetivos do PAN. Sair da zona urbana e levar o projeto ao pé da serra em quatro comunidades é o primeiro deles. Os outros objetivos são acompanhar os trabalhos de recomposição florestal, renovar o Centro de Visitantes e participar dos comitês de bacias. “O nosso grande desafio é fazer com que a sociedade se apodere desse processo de conservação”, enfatiza o biólogo.
O segundo projeto do Ceará contemplado pelo edital foi o “FaunaMar: Pesquisa e Conservação de Tartarugas Marinhas no Litoral Oeste do Ceará”. Kesley Paiva da Silva da Comissão Ilha Ativa (CIA) é a responsável técnica, e receberá R$ 35.833,79 por 18 meses de trabalho. De acordo com Kesley, o projeto já tem um ano de trabalho voluntário e a equipe técnica envolve dez pessoas. A atuação no litoral de alguns municípios do Ceará deve envolver o acompanhamento da despesca dos currais de peixe e a conscientização dos pescadores, inclusive a propagação de informações sobre a importância de soltar as tartarugas que eventualmente ficam presas nos equipamentos de pesca.
O objetivo, além de salvar os animais, é estudar as tartarugas marinhas que se desenvolvem e se alimentam naquela região. “Esses dados científicos são escassos ou inexistentes”, explica a bióloga.
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