Mata de Santa Tereza tem incêndio controlado

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A Mata de Santa Tereza, considerada pela Secretaria do Meio Ambiente uma reserva ecológica de Ribeirão Preto (SP), foi atingida, no último domingo (31), por um incêndio grave e de grandes proporções. O incêndio foi, finalmente, controlado no início da manhã da terça-feira (2), mas chegou a atingir e destruir cerca de 40 hectares da reserva ecológica segundo os bombeiros.

Mais de 30 homens participaram da operação de combate ao fogo. Como ele se concentrou no meio da mata, que é bem fechada, foi necessário o uso de helicópteros e aviões para se chegar ao local e combater as chamas. Outro ponto que ajudou a dificultar foi o vento associada ao tempo seco da região.

Após controlarem as chamas, os bombeiros permaneceram no local para fazer um trabalho de prevenção e evitar novos focos de incêndio. Existe a suspeita de que o incêndio tenha começado em um ritual religioso dentro da mata, no qual teriam sido utilizadas velas, mas as causas ainda serão investigadas.

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A mata que, além de conhecida como a maior estação de preservação ambiental em Ribeirão Preto, também é usada para pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) e é considerada um importante refúgio da natureza em meio à área urbana teve 30% da sua vegetação atingida pelo incêndio.

Segundo o ambientalista José Ricardo Borsela, o trabalho de recuperação da mata pode levar anos. “Provavelmente a gente vai ter que estudar, mas vai ter que fazer um plantio de espécios nativas para ajudar na recuperação, o que pode levar décadas”, disse ele.

Dentre os mais tristes estava o inconformado vigia que trabalha na reserva, Rafael da Silva Martins. “A mata de Santa Tereza é qualidade de vida para Ribeirão Preto e para os bairros aqui na região. Isso aí que fizeram é um descaso total. Moradia de animais, moradia de pássaros, tudo no chão”, lamentou.

As pessoas precisam se conscientizar em relação ao quanto nossa mata é frágil em relação ao fogo. Uma pequena faísca pode acabar com uma mata ou floresta e com isso, acabar também com todas as vidas que vivem ali. E, no final das contas, quem acaba sofrendo com tudo isso somos nós mesmos.

 

Foto: Paulo Souza/EPTV e Edson Silva/Folhapress

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