Pílulas de fezes

Comportamento|Pesquisas|Saúde

A infecção intestinal é um mal muito comum de acontecer tanto em crianças quanto em adultos. Ela pode ser causada por uma série de agentes diferentes como bactérias, fungos, parasitas e vírus.

Mas, mesmo sendo comum, a infecção intestinal pode ser muito perigosa e chegar a matar como a infecção causada pela bactéria Clostridium Difficule.

A infecção é causada quando o paciente ingere algum antibiótico que desequilibra a quantidade de bactérias presentes no intestino. Esse antibiótico mata todas as bactérias, menos a C. Difficulle, fazendo com que se inicie uma infecção que resulta em diarreias ou, no pior dos casos, colites pseudomembranosas.

piluladefezes_nopatio3

Porém, a cura para este tipo de infecção pode estar mais próxima do que se imagina! Segundo estudo realizado por pesquisadores do Massachusetts General Hospital, nos Estados Unidos, e publicado no Journal of the American Medical Association, o medicamento capaz de curar essa perigosa infecção seriam pílulas feitas com fezes! Como assim?  a gente explica!

Nos últimos anos, as fezes já eram utilizadas para o tratamento desses problemas na recuperação de pacientes com órgãos transplantados. Nesses casos, as fezes chegavam ao sistema digestivo através de sondas. Mas cientistas acreditam que as pílulas podem ser mais convenientes e seguras para os pacientes que precisam “fazer o remédio descer”.

piluladefezes_nopatio2

As pílulas, criadas por pesquisadores do Massachusetts General Hospital, são feitas da seguinte maneira: primeiro pegam os dejetos, que foram doados por pessoas saudáveis e mantidos em soluções salinas, depois eles são filtrados para conseguir as bactérias que necessitam. Após esse processo, as fezes são inseridas em cápsulas e congeladas.

Em pequeno teste realizado, o tratamento curou 19 de 20 pessoas em menos de dois dias. Além disso, nenhum dos pacientes testados apresentou efeitos colaterais negativos às pílulas. O próximo passo do estudo é replicar o teste em maior escala.

 

Fotos: Reprodução

Inscreva-se na nossa newsletter