Será que existe alguma coisa ainda pior do que sofrer bullying no seu próprio ambiente de trabalho? A resposta é sim!
Segundo um estudo realizado pela Universidade Sauder School of Business da Columbia Britânica, sentir-se excluído no seu trabalho traz ainda mais insatisfação do que sofrer bullying. O mesmo estudo ainda diz que um funcionário que se sente ignorado está mais propenso a ficar insatisfeito, ter problemas de saúde e vontade de se demitir.
Os pesquisadores precisaram fazer uma série de pesquisas para que pudessem chegar a essa conclusão.
Na primeira delas, foi descoberto que as pessoas consistentemente avaliam a exclusão no ambiente de trabalho como menos grave, menos inapropriado e menos psicologicamente prejudicial do que assédio no trabalho.
“Fomos ensinados que ignorar alguém é socialmente aceitável, se você não tem algo bom a dizer, não diga nada”, disse Sandra Robinson, co-autora da pesquisa e professora da Sauder, ao site ScienceDaily.
“Mas o ostracismo realmente leva as pessoas a se sentirem mais desamparadas, como se elas não fossem dignas de atenção”, completou.
Pesquisas adicionais revelaram que as pessoas que relataram terem sido excluídas eram significativamente mais propensas a relatar queda na sensação de pertencimento dentro da empresa e compromisso com o trabalho, além de uma forte intenção de se demitir e uma proporção maior a problemas de saúde.
Os pesquisadores também utilizaram uma pesquisa feita por uma universidade canadense que inclui feedbacks de ambientes de trabalho com isolamento e assédio e compararam com a taxa de rotatividade três anos após sua realização.
A partir desse estudo, eles descobriram que as pessoas que relataram ter se sentido isoladas na pesquisa tinham mais chance de terem deixado o emprego.
“Há um esforço tremendo para conter o bullying em ambientes de trabalho e nas escolas, o que é muito importante. Mas o abuso nem sempre é óbvio”, diz Sandra.
A pessoa excluída no local de trabalho percebe o tratamento diferenciado que recebe dos demais funcionários, porém há uma dificuldade em relatar o ocorrido e a opção escolhida é o silêncio.
“Há muitas pessoas que se sentem silenciosamente assediadas diariamente, e a maioria das estratégias atuais para lidar com injustiça no trabalho não lhes dá voz”, finalizou.
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