Mulheres em cargos de importância são mais depressivas

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Mesmo quando chegam nas mesmas posições hierárquicas ocupadas pelos homens, as mulheres sempre acabam tendo mais trabalho do que eles. Pois, mesmo trabalhando fora de casa, a mulher ainda tem que dar conta dos afazeres domésticos e dos filhos. Sendo assim, a probabilidade das mulheres se cansarem mais e terem mais problemas de saúde do que os homens, também são maiores.

Um estudo feito por cientistas da Universidade do Texas concluiu que mulheres em cargos de chefia são mais propensas a desenvolver sintomas de depressão do que os homens na mesma posição.

Para o estudo, os pesquisadores ouviram 2,8 mil pessoas por telefone no período entre 1993 e 2004. Desse número, 1,5 mil foram mulheres. Ao longo desta década, todos os entrevistados estavam com idades entre 54 e 64 anos.

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Na pesquisa, os participantes foram perguntados sobre sua autoridade no trabalho e sobre o número de dias na semana anterior em que tinham sentido sintomas depressivos como tristeza e pensar a própria vida é um fracasso.

Ao incluir contratação, demissão e influência na remuneração no estudo, as mulheres em posições de chefia apresentaram uma taxa 9% maior de sintomas depressivos do que as mulheres sem autoridade. Enquanto os homens em altas posições hierárquicas tiveram uma diminuição da taxa em 10% em relação a outros sem grandes poderes no trabalho.

Os pesquisadores também disseram que os homens costumam ser monitorados por seus subordinados com menos frequência do que quando a chefe é uma mulher.

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A pesquisadora-chefe Tetyana Pudrovska disse em entrevista à BBC que, mesmo com mais instrução, mulheres em cargos de chefia têm uma saúde mental pior, “As chefes do sexo feminino também devem lidar com tensão interpessoal, interações sociais negativas, estereótipos, preconceitos, isolamento social, bem como a resistência dos subordinados, colegas e superiores”, afirmou Pudrovska.

Já Ruth Sealy, cientista da City University de Londres, disse que as mulheres são muitas vezes “aprisionadas” pela noção de gênero de um bom líder. “Quando as mulheres adotam comportamentos tradicionalmente masculinos como líderes, elas são criticadas por serem pouco femininas, mas seus colegas não acreditam que as mulheres são boas líderes quando adotam apenas características femininas”, completou.

 

Fotos: Reprodução

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