Brasileiros desenvolveram um modelo com células humanas para estudar a esquizofrenia. A pesquisa, que foi coordenada pelo Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ, é considerada inédita no mundo!
Atingindo cerca de 1% da população, a esquizofrenia provoca alucinações em seus portadores, atuando por meio de mecanismos ainda pouco conhecidos pela ciência. Os pesquisadores acreditam que o modelo permitirá a compreensão das bases biológicas da doença.
Desenvolvido com tecnologia nacional, o trabalho uniu cientistas da UFRJ, UFRGS, USP e Instituto Nacional do Câncer (Inca), e foi aceito para publicação pela revista “Cell Transplantation”.
Utilizando células-tronco de pluripotência induzida (iPS, na sigla em inglês), os pesquisadores conseguiram demonstrar que o excesso na produção de radicais livres é um dos responsáveis pelo surgimento do distúrbio. Além disso, foi possível identificar alterações específicas da esquizofrenia nos neurônios. O mais interessante é que durante os testes, os cientistas corrigiram essas alterações, fazendo com que os neurônios funcionassem normalmente!
Ainda é necessário realizar outros estudos, porém, os pesquisadores estão convencidos de que possuem instrumentos importantes para o desenvolvimento de um tratamento realmente eficiente contra a esquizofrenia!
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