Estudo comprova que trabalhar excessivamente traz sérios riscos à saúde

Comportamento|Pesquisas|Trabalho


De acordo com pesquisa realizada na University College London, divulgada na última quinta-feira (20) pela revista cientifica The Lancet, estar submetido a longas horas de trabalho é um grave perigo para a saúde, podendo resultar em uma embolia cerebral ou em um ataque cardíaco. A conclusão foi obtida após a análise dos dados de mais de 500 mil voluntários nos Estados Unidos, Europa e Austrália, tomando como referência uma jornada de trabalho entre 35 e 40 horas semanais.

Para comprovar que o aumento das horas trabalhadas eleva o risco de doenças cardiovasculares, os cientistas empregaram uma meta análise para cruzar os dados de 25 estudos, localizando assim tendências que poderiam ter passado despercebidas em pesquisas anteriores.

Dessa forma, comprovaram que em uma jornada de trabalho de 41 a 48 horas semanais, o risco associado aumentava em 10%, enquanto trabalhar de 49 a 54 horas por semana elevava o perigo em até 27%. Perfazer mais de 55 horas multiplicava o perigo por três.

trabalho 2A embolia cerebral ou bloqueio cerebrovascular ocorre quando o fluxo de sangue que irriga uma área de células do cérebro é bloqueado, ocasionando a morte dos neurônios, que deixam de receber o oxigênio e os nutrientes por um determinado período de tempo, que vária de três a seis minutos. Já o ataque cardíaco é um processo de necrose (morte do tecido) de parte do músculo cardíaco por falta de aporte adequado de nutrientes e oxigênio. É causado pela redução do fluxo sanguíneo coronariano de magnitude e duração suficiente para não ser compensado pelas reservas orgânicas.

Segundo Mika Kivimaki, um dos pesquisadores, “colocar lado a lado os estudos anteriores disponíveis os permitiu investigar a relação entre trabalhar muitas horas e o risco de sofrer de doenças cardiovasculares com uma precisão sem precedentes”.

Agora, a busca é esclarecer por que as longas jornadas de trabalho têm tamanho impacto nesses tipos de enfermidades. Os autores apontaram que outras causas como o estresse, vida sedentária e a ingestão exagerada de álcool também podem estar relacionados ao resultado.

 

 

Fotos: Reprodução. 

 

 

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