Vivemos momentos de crise política e instabilidade econômica, isso é fato. Em tempos como esse, é comum que o pessimismo se espalhe e logo apareça o medo do desemprego, de doença na família e vários outros temores. Quando tais eventos aparecem juntos, a impressão é a de que as adversidades nunca foram tão grandes e nos perguntamos o que fazer para sobreviver a esse período de dificuldade.
Para muitas pessoas, a sucessão de problemas traz angústia, medo, estresse e ansiedade. É real a possibilidade de corpo e mente adoecerem nessas situações. E por isso mesmo, é tão importante buscar equilíbrio e harmonia.
Para Acely Hovelacque, médica e autora do livro “A bula da vida: uma fábula sobre medicação e meditação”, passar por momentos de crise podem desestabilizar, principalmente, pessoas mais velhas e depressivas. “Esses acontecimentos são fatores adoecedores e de desorganização. Mas, em situações difíceis, temos que pensar no que temos de bom. Onde está o que não adoeceu? Qual é o fator que estabiliza? O que me vitaliza? O que me deixa em um estado melhor?”, diz a especialista.
Acely, em seu livro, nos chama a atenção para observar que quando algo está desmoronando, também existe algo nascendo. E que muitas vezes estamos tão decididos a ouvir o ruído do que desmorona que não escutamos a consciência que desperta.
A boa notícia para os pessimistas é que, de acordo com alguns estudos, o otimismo pode ser adquirido. Mesmo os que estão de mal com a vida podem aprender a parar, pensar e levantar argumentos que se contraponham às próprias visões negativas.
Tirar o foco do ruim e pensar no que é bom é essencial para atravessar esses momentos. Ter fé em algo maior, meditar, buscar as relações mais acolhedoras, se exercitar… Tudo pode funcionar. Cada pessoa tem um jeito mais eficiente de enfrentar os desafios próprios da vida e deve identificá-lo e usá-lo. Afinal, passar por momentos de crise é algo comum na vida e não há razão para desânimo.
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