
Quando falamos em Isaac Newton, lembramos logo da história da maçã e da Lei da Gravidade. Contudo, sabia que ele também tinha seu lado “jovem místico”? E mais, o cientista chegou até a se arriscar e fazer algumas previsões, dentre elas a que ficou conhecida como o Apocalipse de Newton.
Isaac Newton era um cientista, mas também se dedicada aos estudos de filosofia, teologia, alquimia e até mesmo da Bíblia. Afinal, ele vivia em uma época que, para muitos pesquisadores, ciência e religião caminhavam juntas na busca pela compreensão do universo e do divino. Então, ele também mergulhou fundo em textos antigos.

Dito isto, Newtons utilizou todo o seu conhecimento matemático para interpretar dados bíblicos. Curiosamente, o cientista era cético em relação aos profetas que marcavam datas para o fim dos tempos. na verdade, tinha o intuito de mostrar que o fim não estava tão próximo quanto alguns alarmistas de sua época pregavam. O problema é que Newton viver nos anos 1700, ou seja, o que era um futuro distante para ele, está mais próximos do que nós imaginamos.
E quando será o Apocalipse de Newton?
Para começar, Isaac Newton acreditava que certos números e períodos descritos na Bíblia, principalmente no Livro de Daniel e no Apocalipse, não eram meramente simbólicos. Para ele, tais passagens continham verdadeiras chaves temporais. Assim, o pesquisador focou em passagens que mencionavam “um tempo”, ou então “tempos” e ainda, “metade de um tempo”. Ele então interpretou como 1260 dias proféticos, ou seja, 1260 anos. A partir daí, ele buscou um ponto de partida histórico significativo. E um dos marcos que ele considerou foi o ano 800 d.C., com a coroação de Carlos Magno e a formação do Sacro Império Romano. Assim, somando 1260 anos a 800, o resultado é 2060.

Ou seja, se acordo com o Apocalipse de Newton, o fim dos tempos será daqui a 35 anos. Mas, ao contrário do que possa parecer, não se trata bem de um fim do mundo arrebatador como o que vemos nos filmes ou o que imaginaram outros profetas como Nostradamus. Na verdade, Newton previu uma profunda transformação. Ele esperava o fim da “corrupção” e das “nações ímpias”. Além disso, ele antevia a segunda vinda de Cristo e o estabelecimento de um reino divino próspero na Terra. Portanto, seria mais uma renovação espiritual e política do que um apocalipse clássico e cinematográfico.
E pelo que está acontecendo com o planeta e a sociedade, parece que ele até tinha certa razão, não acham? Será que é bom se preparar para tais mudanças?
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