Ativistas do Greenpeace danificam patrimônio histórico no Peru

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O Greenpeace é uma organização não governamental de ambiente. Os ativistas do Greenpeace atuam internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazônia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, transgênicos e energia renovável. A organização busca sensibilizar a opinião pública através de atos, publicidades e outros meios.

Em seu último ato, os ativistas do Greenpeace acabaram causando danos, declarados como irreparáveis pelo governo peruano, em uma área de 1,6 mil metros quadrados das Linhas de Nazca, no Peru.

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As Linhas de Nazca, consideradas como um Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1994, são um conjunto de enormes figuras retratando seres vivos, plantas estilizadas e figuras imaginárias riscadas na superfície do solo entre 1.500 e 2.000 anos atrás. Acredita-se que os números, que só podem ser vistos de cima, tinham funções em rituais relacionados com a astronomia.

Durante o ato, os ativistas do Greenpeace escreveram a mensagem “Tempo de mudança! O futuro é renovável” com gigantescas letras de pano bem ao lado das históricas Linhas de Nazca. O intuito do ato era atingir os 190 países participantes do congresso sobre mudanças climáticas da ONU que acontecia em Lima.

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Segundo o Ministro de Cultura, aquela área se trata de um terreno frágil e ao andar por lá, as pegadas das pessoas podem marcar o chão por centenas ou milhares de anos. Os turistas só têm acesso pelo ar ou, em raras exceções, com calçados específicos para que o solo não seja danificado.

O terreno em torno do local é tão sensível e tão sagrado que presidentes e altos funcionários peruanos são proibidos de andar onde os ativistas do Greenpeace foram. Por esta razão, o governo do Peru tenta restringir o controle sobre as visitas ao local e está considerando abrir uma investigação criminal contra a organização não governamental de ambiente.

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Em resposta, o Greenpeace disse que vai colaborar com o governo para determinar se houve algum dano ao local e que vai parar de usar as fotos que tirou do protesto como parte de suas campanhas. Além disso, o grupo anunciou que o diretor-executivo Kumi Naidoo irá a Lima para se desculpar pessoalmente com o governo peruano.

As intenções eram as melhores, mas pelo visto, o ato não foi tão bem pensado.

 

Fotos: Reprodução

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