Já imaginou quantas cédulas de real têm que ser fabricadas para substituir aquelas amassadas, rasgadas, pintadas…? Muitas! E para dar um destino ecologicamente correto às cédulas que não podem ser mais usadas, o Banco Central (BC) estuda a viabilidade de um projeto para uso de cédulas de real danificadas em produtos de recuperação de solo degradado. O projeto pode ser uma possível parceria com o Departamento do Meio Circulante, como relata João Sidney, chefe do departamento.
Hoje o BC já tem um convênio com a Universidade Federal Rural do Amazonas (Ufra) e o governo do estado do Pará para usar cédulas de real velhas na produção de adubo orgânico. A expectativa, é que o adubo feito com as cédulas de real possa ser legalizado ainda este ano, segundo o professor da Ufra e coordenador do projeto, Carlos Augusto Costa. Ainda em teste de eficiência e análise química, quando certificado, a ideia é distribuir o adubo para pequenos produtores do cinturão verde de Belém.
Para os pequenos agricultores os custos com adubo representam 40% a 60% da renda. “Isso vai diminuir para mais ou menos 10%, com o adubo orgânico”, prevê. Para ele, além da questão ambiental, com o aproveitamento das cédulas, o projeto tem também “apelo social”, ao atender os pequenos produtores.
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Mesmo não representando um número significativo frente ao montante de lixo produzido no Brasil, 240 mil toneladas de lixo por dia, o chefe do Departamento do Meio Circulante do BC, diz que a obrigação do banco “é buscar uma solução para isso”. As notas tiradas de circulação somam 2 mil toneladas por ano. E quem disse que cédula de real velha não tem valor, estava enganado!
Foto e vídeo: Reprodução