Todo mundo sabe que a diva do pop Beyoncé é super engajada em diversos movimentos, principalmente o feminista e o que defende a igualdade racial. Entretanto, parece que tal engajamento não se estende à sua grife de roupas esportivas, a a Ivy Park, que foi criada no começo deste ano em parceria com a Parkwood Entertainment, empresa da cantora, e a famosa fast-fashion britânica Topshop.
Isso por que, segundo o jornal The Sun, a marca de Beyoncé estaria explorando mão-de-obra escrava em países subdesenvolvidos localizados na Ásia. Ou seja, pagando pouco e fazendo as pessoas trabalharem muito e em situações degradantes.
Nós já postamos aqui uma vez que utilizar mão-de-obra asiática como forma de baratear os custos de produção é algo comum entre grandes marcas. De acordo com trabalhadores que produzem as peças da Ivy Park no Sri Lanka, eles cumprem jornadas de trabalho que duram cerca de 10 horas por dia, com meia hora de almoço, e que a MAS Holding – nome da fábrica que produz as peças – paga a eles cerca de 18.500 rúpias (R$ 440) por mês.
“Esta é uma forma de escravidão. Há uma série de elementos aqui que assinalam as lacunas em termos de escravidão: a baixa remuneração, a restrição de movimento de mulheres à noite e prisão no local de trabalho. Empresas como a Topshop têm o dever de descobrir se essas coisas estão acontecendo, e isso demonstra que as inspeções éticas por essas empresas estão falhando”, afirmou ao The Sun Jakub Sobik, da Anti -Slavery International, que combate o trabalho escravo.
Vale lembrar que, no país, o salário mínimo é de 13,5 mil rúpias por mês, e que a empresa até paga mais do que isso, porém, segundo ativistas, o mínimo aceitável era um salário mínimo de 43 mil rúpias. Se considerarmos que um simples maiô da Ivy Park custa, em média, 140 dólares, dá para ter uma ideia do quanto a marca de Beyoncé anda lucrando com essa mão de obra barata asiática.
Quando procurada pela publicação, a marca de Beyoncé fez questão de se defender, afirmando: “Nós nos orgulhamos de nossos esforços contínuos em termos de inspeção de fábricas e auditorias, e nossos times pelo mundo trabalham muito próximos de nossos fornecedores e suas fábricas para garantir conformidade. Nós esperamos que nossos fornecedores conheçam nossos códigos de conduta e nós damos suporte para a realização desses requisitos”.
E agora? Será que Bey sabe da origem e da forma como seus produtos estão sendo fabricados?
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