Os refugiados do clima e das guerras, pessoas que ficaram sem casa depois de perdê-las por conta de alguma catástrofe natural ou conflito, têm um desejo que deve ser mais urgente que tudo num momento como esse: um teto! Geralmente elas têm que ir para abrigos improvisados, como igrejas, escolas, ginásios ou outros prédios que possa acomodar temporariamente tanta gente. Às vezes chegam a fugir para outras regiões e países. Não é o melhor local, mas infelizmente na urgência é o que tem. Foi pensando nisso, que a empresa de arquitetura I-Beam Design, com sede em Nova York, criou uma habitação ecológica, num projeto que foi feito a partir de pallets descartados.
Os criadores batizaram o projeto de Casa Pallet, um abrigo de baixo custo que foi erguido a partir de cem pallets descartados. A casa mede pouco mais de 23 m2 e é bastante resistente. Originalmente nasceu para atender aos refugiados que regressaram ao Kosovo após a guerra. “Estas pessoas precisavam de uma alternativa imediata para solucionar seu problema de moradia. E isso poderia se transformar em uma nova casa permanente ao longo do tempo, mesmo sem acesso a ferramentas sofisticadas e materiais”. Foi aí que eles resolveram investir em um projeto permanente, mais acessível economicamente e que fosse modular, pré-fabricado.
“A Casa Pallet é uma solução barata, eficiente e facilmente realizável para o problema das pessoas deslocadas de habitação por desastres naturais, pragas, fome, conflitos políticos e econômicos ou de guerra. Destina-se a servir os refugiados que regressam para casa e a encontram parcial ou totalmente destruídas. Este tipo de alojamento transitório preenche a lacuna entre o abrigo tenda temporário e residência permanente”.
Os pallets são uma solução barata, de fácil acesso, sustentável e de uma estética agradável. Milhares deles são descartados todos os dias no mundo. A Casa Pallet dá um fim mais sustentável e social a eles. É até uma alternativa, mesmo que temporária, para tantas pessoas que vivem em situação de rua no Brasil, por exemplo. A ideia não é que ele vire uma moradia fixa e eterna, mas que dê condições básicas de conforto durante um período. O projeto tem sido destaque em vários livros e revistas, incluindo o New York Times, Wall Street Journal, El País, La Republica, entre outros. Você apostaria nessa ideia?
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Foto e vídeo: Reprodução
