Com os homens cada vez mais sem vergonha de assumirem o seu lado vaidoso, a calvície masculina, maior causa da perda dos cabelos nos homens, vem se tornando um terror esperado pela maioria deles.
Para quem não sabe, a calvície masculina é realmente uma doença com incidência determinada por influências genéticas.
A calvície não ocorre porque os cabelos caem mais do que o normal, o que acontece na verdade é que os hormônios masculinos (testosterona e seus derivados) se ligam a receptores próprios que ficam nos pelos, levando à miniaturização dos fios em pacientes geneticamente suscetíveis.
Sendo assim, aqui vai uma dica muito importante para quem se defender contra esse problema: procure se informar sobre a idade em que seus parentes começaram a observar a diminuição dos cabelos, pois o problema deve ser combatido antes mesmo de aparecer.
Os primeiros sinais da calvície podem aparecer já na adolescência. Seguindo alguns padrões, a primeira coisa que se observa é o aparecimento das famosas “entradas” na parte da frente, próximo à testa. Depois ocorre a perda de cabelo no topo da cabeça e na região mediana, preservando o cabelo da área occipital, mais próxima ao pescoço.
Para saber se o que você tem é realmente calvície ou outro problema qualquer de queda de cabelo é necessário fazer exames clínicos como a dermatoscopia, biospia, tricograma e videodermatoscopia.
Mas a pergunta que não quer calar é: existe cura para a calvície? Primeiro é importante deixar claro que não existe cura. O que pode se fazer, e muito pouco, é prevenir o problema. Porém, o tratamento tem que ser feito precocemente.
Por esses motivos é fundamental que filhos de pais calvos fiquem atentos e idealmente procurem o dermatologista para iniciar um acompanhamento cerca de 10 anos antes da idade em que seu pai começou a notar a calvície e/ou ao menor sinal de entradas.
A primeira opção de tratamento sempre é com medicamentos para uso diretamente no couro cabeludo como loções capilares e xampus específicos. Caso seja necessário, pode-se partir para uso de medicamentos orais.
Todos esses tipos de medicamentos até estimulam o crescimento do cabelo em alguns homens, mas são mais úteis como prevenção das manifestações clínicas do que como recuperação da calvície.
Por ser uma doença crônica, o tratamento para calvície deve ser bem precoce e mantido por tempo prolongado, pois os benefícios obtidos não são mantidos com a retirada da medicação.
Os medicamentos demoram cerca de 16 semanas de uso para que sejam notados os efeitos. E não se assuste, pois pode haver aumento da queda dos cabelos durante os dois primeiros meses.
Como em alguns tratamentos, esse também pode apresentar efeitos colaterais como irritação no local, aumento dos pelos em locais indesejados (face e mãos) e taquicardia. O medicamento oral finasterida, um dos mais indicados para calvície, pode causar ainda perda de libido, disfunção ejaculatória, aumento das mamas e depressão em um pequeno número de usuários. Porém essas alterações geralmente são momentâneas.
O transplante capilar é indicado apenas para os casos mais avançados. No transplante pega-se pelos da região occipital, local em que eles não possuem receptores hormonais e se mantêm apesar dos hormônios circulantes, mesmo quando colocados em outras regiões.
Portanto, se você não quer ter um marido careca, comece agora mesmo uma pequena investigação sobre a calvície na família dele. Se o seu sogro sofre com esse problema, marque já uma consulta para o seu marido com um dermatologista para que ele comece o tratamento o mais rápido possível!
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