O quadro que chora: a maldição das pinturas de crianças tristes

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As chamas devoravam tudo ao redor — móveis, paredes, tetos. Quando o fogo se apagava, entre as cinzas restava apenas uma imagem intacta: o retrato de um menino chorando. Coincidência? Talvez. Mas esse detalhe se repetiu tantas vezes que a história virou lenda: a maldição do Quadro do Menino Chorando.

Afinal, algumas obras de arte parecem esconder mais do que mostram. A Monalisa, por exemplo, intriga até hoje — o sorriso enigmático, o olhar fixo, o mistério por trás da modelo. Mas, se a pintura de Da Vinci provoca curiosidade, esse quadro desperta medo. E não é só pelo olhar triste do garotinho. Vem conhecer essa história no especial Mês do Terror!

A obra Quadro com o Menino Chorando foi pintado pelo italiano Giovanni Bragolin. Durante a década de 80, com a ascensão do mistiscismo e das chamadas “mensagens subliminares”, ele acabou ficando em evidência entre os mais crédulos, e virou lenda urbana. Tudo porque as pessoas queriam saber qual era o segredo por trás das lágrimas daquele garotinho da pintura…

A origem sombria do “Quadro do Menino Chorando”

Giovanni Bragolin e uma de suas crianças chorosas…

A pintura nasceu das mãos do italiano Giovanni Bragolin, nome artístico de Bruno Amadio, um artista que viveu entre 1911 e 1981. Ele ficou conhecido por retratar crianças tristes e chorosas, com olhos úmidos e expressões que pareciam implorar por socorro.

Durante os anos 1980, com o crescimento do misticismo e das teorias sobre mensagens ocultas na arte, as obras de Bragolin voltaram a chamar atenção. Uma delas, em especial, ganhou fama: o retrato de um garoto com lágrimas nos olhos. Era uma imagem inocente — até que um boato se alastrou feito um incêndio – literalmente.

A maldição dos incêndios e as versões da lenda

As versões sobre a origem da maldição são muitas — e todas perturbadoras. Uma delas diz que o garoto do retrato era filho do próprio Bragolin. O pintor, tentando capturar lágrimas reais, teria segurado um fósforo aceso diante do menino. Dias depois, a criança morreu em um incêndio — o primeiro de uma longa série associada ao quadro.

Outras histórias afirmam que Bragolin fez um pacto com o diabo. Para conquistar fama, ele teria oferecido não a própria alma, mas a de quem comprasse suas obras. Há quem diga que ele usou crianças falecidas como modelos, o que explicaria os olhos vazios e as pupilas dilatadas.

Casas que exibiam o quadro pegavam fogo misteriosamente. O mais estranho? A pintura sempre sobrevivia intacta às chamas. A imprensa britânica da época mergulhou na história, e tabloides estampavam manchetes sobre “a arte amaldiçoada que sobrevive ao inferno”.

A lenda pode ser ainda mais assustadora

Uma versão ainda mais sombria aponta que o artista retratou órfãos de um abrigo que pegou fogo logo depois das sessões de pintura. Nenhum deles sobreviveu. E existem ainda outras variações da lenda, como a de que ele sonhou com 27 crianças, ou que eram crianças encomendadas a Satã e afins…

As pessoas também afirmam haver várias mensagens subliminares violentas nas pinturas. Tem quem veja, por exemplo, uma mão enforcando a menina no quadro abaixo.

Dizem também que, antes de morrer, Bragolin teria pedido publicamente que todas as suas pinturas fossem destruídas, temendo as forças que ele mesmo teria despertado. No entanto, nunca se encontrou um registro comprovando esse apelo — apenas rumores e recortes de jornais antigos. Isso porque Bragolin viveu entre 1911 e 1981, ou seja, é muito difícil resgatar qualquer entrevista ou registro de que ele, de fato, tenha feito tais afirmações sobre sua obra.

Coincidência ou não, os “meninos chorando” ainda surgem em antiquários, heranças e até feiras de rua. Alguns juram sentir calafrios só de olhar por muito tempo para eles.

O que você vê? E nas demais imagens dessa matéria? O que acham do quadro do menino chorando? Outras obras do pintor podem ser vistas AQUI também! E, em todo caso, se um quadro de criança triste aparecer à venda por um preço irresistível, talvez o melhor seja deixar ele lá — chorando sozinho.

Fotos: Reprodução

 

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