Dia 29 de janeiro, é o Dia da Visibilidade Trans e Travesti. Estamos em pleno ano de 2022 e o Brasil ainda é um dos países que mais mata transexuais e travestir no mundo. Somente em 2020, a cada dois dias uma pessoa trans foi assassinada no país. Então, não há mais tempo para o preconceito e é preciso dar espaço e exaltar o talento de mulheres trans e travestis. Por mais que drag queens como Pabllo Vittar, Gloria Groove e mesmo Ru Paul tenham conseguido vencer barreiras e conquistar seu espaço, ainda há muita gente talentosa na batalha para mostrar sua arte. Separamos então o trabalho de cinco artistas trans e também de travestis que mostram que a música brasileira é muito mais diversa do que muitos imaginam. Então aumenta o som!
Danna Lisboa
A cantora ficou famosa ao participar do clipe de Tombei, da Karol Conká, porém seu trabalho vai muito além da dança. Já são dois álbuns, sete singles e mais de um milhão de visualizações no Youtube. Seu estilo musical é diverso. Como ela mesmo se define, Danna Lisboa é uma cantora que vai do pop ao rap.
Liniker
Ume des maiores artistes trans não-bináries da atualidade no Brasil, Liniker recentemente se separou da sua banda Os Caramelows, mas segue agora em carreira solo. Já foi indicade ao Grammy Latino, já gravou tema de 3% para a Netflix, cantou no Rock in Rio e ano passado participou de lives com Milton Nascimento e Gilberto Gil.
Alice Guél
A rapper chegou causando com seu primeiro single, intitulado Deus é Travesti. A faixa compõe o EP Alice no País que Mais Mata Travesti. O disco conta a vivência de mulheres pretas, gays e travestis em um país preconceituoso como o nosso. Então prepare-se que a pancada é grande, porém necessária.
Alice Marcone
Do queernejo para o mundo! Sim, Alice é basicamente a primeira mulher trans no universo do feminejo no Brasil. Do interior de São Paulo, ela já conquistou uma legião de fãs com hits como Amapô.
Urias
Por anos ela trabalhou como assistente pessoal de sua amiga inseparável Pabllo Vittar. Em 2019 ela resolveu voar mais longe e lançar sua própria carreira. Então lançou o single Diaba, e com ele, lançou seu primeiro EP que conta com participações especiais de nomes como Gorky, Maffalda e Pablo Bispo. O Mas o destaque vai mesmo para o clipe de Diaba que ganhou vários prêmios internacionais.
Nick Cruz
Mostrando quem não há somente mulheres entre os artistas trans de talento no Brasil, Nick Cruz tem despontado como grande aposta da música brasileira. Isso porque seu single, Me Sinto Bem, já tem mais de um milhão de visualizações.
Linn da Quebrada
Ok, desde que ela entrou no BBB deste ano não podemos mais dizer que ela é “desconhecida”. Mas também não podíamos deixar de falar dela aqui hoje, não é mesmo? A cantora, rapper, atriz, “bixa preta da favela”, como ela mesma se descreve, tem um trabalho que vai além. Em 2017, ela lançou o disco Pajubá, repleto de letras fortes e beats tão pesados quanto suas rimas. Agora, ela resolveu assumir que está em uma fase mais reflexiva de sua carreira. Isso se mostra em seu novo single. Oração conta com participações de várias outras artistas trans. Estão nesse coral nomes como Alice Guél, Ceci Dellacroix, Danna Lisboa, Magô Tonhon, Maria Clara Araújo, Neon Cunha, Rainha Favelada, Urias, Ventura Profana e Verónica Valenttino.
Mel Gonçalves
A cantora ficou conhecida por fazer parte da extinta Banda Uó. Mas agora, ele segue como ativista LGBTQIA+ nas redes sociais, onde fala sobre a as dificuldades que artistas trans enfrentam em seu dia a dia e em suas carreiras.
Então, vamos lutar pelo fim do preconceito, exaltar – ou no mínimo respeitar artistas trans, travestis, enfim, de toda a comunidade LGBTQI+. Afinal, cada pessoa deveria poder ser o que quisesse…
Fotos e vídeos: Reprodução