Negociadores de uma conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) concordaram na última sexta-feira (22) com normas sobre financiamento de projetos para florestas em nações em desenvolvimento, abrindo caminho para investimentos bilionários de governos, órgãos de fomento e empresas privadas em esquemas para deter o desmatamento.
O acordo com “base em resultados” para financiamento da Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação de Florestas (Redd) foi um raro avanço nas conversações sobre o clima n aConferência da ONU sobre Mudanças Climática, a COP19, em Varsóvia, onde negociadores estão enfrentado dificuldades para obter algum progresso nas discussões sobre cortes de emissões e concessão de ajuda relacionada a mudanças climáticas.
O acordo foi “um outro grande passo à frente”, disse o ministro britânico de Energia e Mudança Climática, Ed Davey.
Pelas novas regras, o incipiente Fundo Verde para o Clima terá papel fundamental na canalização de recursos para projetos a governos, que, por sua vez, terão de criar agências nacionais para supervisionar o uso do dinheiro.
Os fundos irão para os países recebedores quando eles puderem provar ter reduzido emissões de carbono sem prejudicar comunidades locais ou a biodiversidade.
Os países também concordaram com normas sobre como medir e verificar os cortes de emissões de projetos florestais.
O desmatamento desempenha crescente papel nas negociações sobre o clima porque a perda de florestas representa aproximadamente um quinto das emissões de gases do efeito estufa, que os cientistas responsabilizam pelo aquecimento global.
O governo norueguês já pagou 1,4 bilhão de dólares em acordos bilaterais com alguns países, como Brasil, República Democrática do Congo, Guiana e Indonésia. O Banco Mundial, o Global Environment Facility e um crescente numero de empresas do setor privado também lançaram projetos.
Fonte: Reuters
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