“A Culpa é das Estrelas” faz sucesso também no cinema

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Os fãs de “A Culpa é das Estrelas” não tem do que reclamar da adaptação do livro para o cinema. Vários diálogos foram reproduzidos fielmente e poucas são as perdas substanciais da adaptação. Mesmo quem não seja uma grande fã de filmes adolescentes, vale a pena conferir, pois não faltam oportunidades para rir e para chorar. Hazel Grace Lancaster têm 16 anos e convive há três com o câncer. Ela sobrevive graças a um tratamento experimental e à ajuda de um cilindro de oxigênio.

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Hazel é então obrigada a participar de um grupo de apoio para jovens com câncer para fazer amigos e evitar que sofra uma depressão. Ela conhece Gus, Agustus Waters, sobrevivente de câncer nos ossos à custa da amputação de uma das pernas. Os dois iniciam uma amizade, embora tenham personalidades e objetivos bem distintos. Gus, no entanto, quer mais. Hazel evita ceder aos encantos do rapaz por se considerar um risco às pessoas ao seu redor por conta da iminência da morte, mas o amor dos dois é inevitável.

O romance e a amizade dos dois é muito natural e fica impossível não se render a eles. Ao longo da trama, os atores parecem se conhecer a vida toda por estarem tão íntimos e confortáveis, embora tímidos. Apesar de ser um filme adolescente, que trata questões comuns a todos eles, a obra é também humana e comovente. A empatia é fácil, mas não se trata de sentimentalismo ou piedade dedicados a pessoas com câncer, tão criticados ao longo do filme. A identificação se dá pela essência do que é ser gente, ter medos e planos e perceber que a vida nem sempre realizará seus desejos.

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O final é previsível, mas emocionante. Isso no entanto não importa, pois muitas histórias contadas hoje em dia também são previsíveis. O que interessa de fato é como elas são contadas. E nisso, “A Culpa é das Estrelas” acerta. Os clichês ganham uma nova roupagem na acidez do humor, na inteligência das reflexões, na oscilação entre a maturidade forçada pela doença, na imaturidade típica da adolescência e na honestidade com que se lida com o tema tão delicado.

A reflexão que o filme deixa é na brevidade da vida e nas pessoas que passam por ela, cada uma do seu jeito, deixando marcas e cicatrizes, mas sem se concentrar apenas nessa rápida passagem e sim na eternidade e infinito contido em cada dia. Mesmo sem querer, o filme arrancará lágrimas de você. Não esqueça os lenços.

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Fotos: Reprodução

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