Diversos genes que foram expostos podem ser alvo de inseticidas
Cientistas chineses afirmaram, na revista “Nature Communications”, que decodificaram o genoma do gafanhoto-migratório, expondo diversos genes que podem ser alvo de inseticidas.
De acordo com os pesquisadores, o código genético do Locusta migratoria é notavelmente grande, com 6,5 gigabytes, e, consequentemente, o maior genoma de um animal decodificado até hoje. Para eles, grandes aglomerados de genes estão associados com o voo de longa distância, o consumo de plantas e a metabolização da comida.
O gafanhoto-migratório é uma praga antiga capaz de comer o equivalente ao seu próprio peso corporal e capaz também de causar fome e acabar com o sustento nos locais por onde passa.
O código genético, apesar de ser um esboço, depois de refinado, pode servir como um projeto para que os cientistas busquem novas formas de atacar o inseto voraz. Os pesquisadores estão tentando descobrir uma forma inteligente e ambientalmente correta de matar a peste, pois dependendo do mecanismo, eles podem se aglomerar.
O que se sabe é que eles são solitários e não são estimulados a se reunir em enxames e procurar por comida coletivamente amontoando-se, ação que libera serotonina (elemento químico responsável pela sensação de prazer). Porém, quando estão em enxame, os gafanhotos mudam de cor, de verde para amarelo brilhante, e ganham músculos maiores que os capacitam a fazer voos de longa distância, deixando-os mais perigosos.
Foto: João Gil Borges