Depressão dobra o risco de morte após um ataque cardíaco, revela pesquisa

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Pesquisas revelam que, atualmente, mais de 300 milhões de pessoas de todas as idades têm um ou mais episódios de depressão grave durante a vida. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 5,8% da população brasileira sofre desse mal – um total de 11,5 milhões de casos. O índice é o maior na América Latina e o segundo maior nas Américas, atrás apenas dos Estados Unidos, que registram 5,9% da população com o transtorno e um total de 17,4 milhões de casos.

Essa doença já é considerada por muitos como o “mal do século” e recentemente descobriu-se que, além de deixar o indivíduo sem interesse pela vida, a depressão dobra o risco de morte após um ataque cardíaco.

A descoberta se deu após cientistas norte-americanos analisarem informações médicas de 25 mil pessoas e perceber que sentimentos negativos impactam na taxa de mortalidade relacionada a doenças cardiovasculares. Todos os voluntários incluídos na investigação sofreram pelo menos um infarto ou foram diagnosticados com algum tipo de angina (dor ou desconforto no peito). Desses, 3 646 começaram a apresentar sintomas de depressão ao longo dos dez anos seguintes.

A pesquisa é inédita no mundo cientifico e o que intrigou mesmo os pesquisadores foi o fato de metade do grupo mais melancólico ter falecido durante esse período. Entre a turma de bem com a vida, o índice foi de 38%.

Apesar de considerarem diversos fatores de risco, como idade e gênero, os cientistas afirmam que, de modo geral, quem se torna depressivo após encarar esses perrengues está duas vezes mais propenso a um final nada feliz. Um desafio e tanto, já que receber um diagnóstico assim frequentemente derruba o ânimo dos pacientes.

“Tais resultados mostram que, nesses casos, ter um acompanhamento emocional pode ajudar a evitar desfechos fatais em curto, médio e longo prazo”, ressaltou a cardiologista e epidemiologista Heidi May, autora do estudo, em comunicado à imprensa.

Bem, depois dessa revelação nada animadora, o que nos resta é incluir a psicoterapia em nossas vidas.

Fotos: Reprodução. 

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