Desenvolvimento, o vilão da Amazônia?

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Se todas as obras previstas para a Amazônia saírem do papel, algumas até já estão em execução, a Amazônia poderá perder até a metade de sua cobertura florestal. Essas obras se mostram como um agravante em potencial para a floresta, segundo o levantamento “Amazônia Sob Pressão”, estudo coordenado pela Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada (Raisg). O que parece progresso é na verdade um grande aliado do desmatamento.

De acordo com o estudo, a presença de estradas na Amazônia está associada à exploração ilegal de madeira, ao avanço de atividades agropastoris e grandes projetos de infraestrutura e urbanização. Segundo o estudo, as principais pressões sofridas pela floresta são as estradas, a exploração de petróleo e gás, a mineração, hidrelétricas, focos de calor e o desmatamento.

Outro agravante é a expansão de atividades de agropecuária e produção agrícola, ambas precisam de grandes espaços, logo desmatam de forma ilegal para obter pastos e espaço para a plantação.

Para entender melhor o assunto
Em 10 anos a Amazônia perdeu o equivalente ao território da Grã-Bretanha
Desmatamento – Mesmo com taxa menor a situação ainda requer alerta 

A Raisg diz que a pressão exercida por estradas na Amazônia aumenta à medida que avança a IIRSA (Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana), empreendimento conjunto de governos da região. Essas estradas são uma forma de buscar ligar áreas habitadas da Amazônia brasileira a portos no Pacífico, para facilitar o escoamento de produtos.

As estradas acabam servindo de via para iniciativas ilegais e para a mudança na rotina da vida da floresta. Na prática, na realidade, o nível menor de desmatamento apresentado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, só revela que há muito o que se fazer antes que a situação tome proporções totalmente irreversíveis.

 

Fotos: reprodução 

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