Começou nesta segunda-feira (2) em Doha, no Catar, a 18ª Conferência do Clima, ou COP-18, que vai até 7 de dezembro. Uma das principais discussões dos 190 países reunidos na conferência é decidir pela renovação do Protocolo de Kyoto, já que o primeiro período de compromissos expira dia 31 de dezembro de 2012, ou, optar pelo seu fim. Sim, o Protocolo de Kyoto pode ser encerrado lá. Mas qual a importância dele? O que na verdade é o Protocolo de Kyoto.
Resultado da principal da Convenção-quadro das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CMNUCC), fórum estabelecido na Cúpula do Rio em 1992, o Protocolo foi assinado em Kyoto, Japão. Seu principal objetivo: estabelecer metas que controlem a emissão de gases de efeito estufa. 192 países, além da União Europeia (UE), assinaram o protocolo.
Os Estados Unidos, um dos maiores emissores de gases de efeito estufa, assinaram o documento, mas se recusaram a ratificá-lo. Com idas e vindas nas discussões, por incrível que pareça, o Protocolo só entrou mesmo em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005.
Para o Protocolo de Kyoto, e não só para ele, mas para tudo que o permeia, ou seja, o bem estar da vida no planeta, Doha pode ser sinal de prosperidade, ou, de fim. Para as nações maiores o discurso será de igualdade: todos tem compromisso igual com a redução e/ou fim da emissão de gases. Para as nações menores isso é injusto, já que elas alegam que estão em desenvolvimento ou precisam se desenvolver, e o progresso acarreta mais emissão de gases poluentes na atmosfera.
Deixando de lado o discurso da igualdade, que não caberia muito bem nesse momento, os grandes países devem sim ter um compromisso maior com o Protocolo, devem garantir que ele perdure por mais anos, já que todo o processo de desenvolvimento que passaram contribuiu, e muito, com a emissão de gases. Mais do que isso, deveriam se comprometer com o financiamento sustentável dos países menores, tanto com recursos financeiros, como com tecnologia verde e pessoal especializado.
Doha já vai entrar para a história por ser palco de mais um grande evento ambiental das Nações Unidas, mas espera-se dos governantes uma atitude mais radical, um efetivo compromisso com o planeta, para que a cidade não fique com a marca negra da falta de compromisso com o meio ambiente, com a vida.
Vídeo animado de 83 segundos que mostra como os países se comportaram nas negociações climáticas até agora.
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Fotos e vídeo: reprodução