Quem diria que uma atividade dos primórdios da humanidade, antes mesmo da agricultura, pecuária e a indústria, ainda estaria viva nos dias hoje. O extrativismo, que nada mais é do que a coleta de produtos naturais de origem mineral (exploração de minerais), animal (peles, carne, óleos), ou vegetal (madeiras, folhas, frutos…), tem ajudado a conscientizar pequenas comunidades por todo o Brasil da preservação do meio ambiente, e ainda tem gerado renda para essas comunidades.
A prática do extrativismo está dentro do manejo sustentável, uma forma de exploração de elementos da natureza com técnicas que causem o mínimo impacto ambiental. Muitas comunidades pelo Brasil exploravam a diversidade das riquezas das florestas sem o nenhum cuidado, só pensando no lucro e, na maioria das vezes não alcançando um preço justo pelo produto. Em pouco tempo com a exploração desordenada, essas comunidades iriam perder esses recursos naturais e sérios problemas, como migração por exemplo, seriam causados a partir disto.
Com a conscientização e formação social e cidadã desses povos, foi possível em diversas partes do país criar cooperativas que giram em torno da economia solidária, fomentar o cuidado com a terra e politizar essas pessoas. A própria comunidade passa a gerir todo o processo, desde a extração da matéria-prima no tempo correto de colheita até a venda em grandes feiras nacionais e internacionais. Com o beneficiamento do produto dentro da comunidade é possível conseguir melhores preços e evitar que atravessadores ganhem com os produtos.
Babaçu, pequi, castanha-do-pará, açaí e capim-dourado estão entre os diversos produtos beneficiados principalmente na região Norte e no Cerrado brasileiro. Na região do Jalapão, Tocantins, as peças feitas com o capim-dourado já são conhecidas em todo o Brasil e até em outros países por sua beleza e brilho, são objetos de decoração, cestos e as chamadas biojoias. Uma forma de contribuir com essas comunidades e com o meio ambiente, é adquirindo seus produtos. Eles já estão presente em muitos supermercados e em feiras de economia solidária por todo o Brasil.
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Fotos e vídeo: Reprodução