MPF diz que situação do Geopark Araripe é de “abandono”

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A Região do Cariri, Sul do Ceará, abriga uma preciosidade da biodiversidade, o Geopark Araripe, que está ameaçada devido à “situação precária”, como avalia o Ministério Público Federal. Um procedimento administrativo foi instaurado pelo órgão para investigar a situação.

O lugar, qualificado como patrimônio mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é um território que abriga, entre outras coisas, sítios geológicos e paleontológicos. O MPF afirma que o Geopark estaria com vários tipos de problema na infraestrutura.

O procurador Rafael Ribeiro Rayol constatou, após visita ao local, que há áreas que estão “praticamente abandonados”. “Não têm a mínima segurança”, avaliou. “Praticamente todos os seus geossítios estão desprovidos das mínimas condições de infraestrutura para recebimento de visitantes”, disse Rayol. 

Depois de uma vistoria nos geossítios por uma comissão composta por entidades como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por exemplo, produzirá um relatório que será enviado para a administração do local. O Geopark está sob responsabilidade da Universidade Regional do Cariri (Urca).

O relatório é um instrumento que irá exigir previdências para que os problemas sejam sanados. Se a situação persistir, o MPF pode ir à Justiça com uma Ação Civil Pública para obrigar a entidade a resolver a questão.

Abrangendo os municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha, Nova Olinda e Santana do Cariri, o Geoprak Araripe totaliza um território de 3.796 km². O lugar, se usado e gerido da maneira correta, é fundamental à biodiversidade, história, cultura, arqueologia, dentre outras coisas. Um patrimônio que merece ter um olhar prioritário das autoridades competentes.

 

Fotos: reprodução

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