O desafio mundial de deter a propagação da aids

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O sexto Objetivo do Milênio da ONU é ousado, e assim como os outros, depende do engajamento de todos, sociedade e governos. Combater a aids a malária e outras doenças com a meta de que até 2015, o mundo tenha detido a propagação do HIV/Aids e garantido o acesso universal ao tratamento. Também faz parte da meta deter a incidência da malária, da tuberculose e eliminar a hanseníase.

O Brasil foi o primeiro país em desenvolvimento a proporcionar acesso universal e gratuito para o tratamento de HIV/AIDS na rede de saúde pública. Quase 200 mil pessoas recebem tratamento com antirretrovirais financiados pelo governo. A sólida parceria com a sociedade civil tem sido fundamental para a resposta à epidemia no país. De acordo com o Unaids, a prevalência de HIV no Brasil é de 0,5%, com cerca de 600 mil pessoas infectadas.

Mas nem todos os portadores do HIV dispõem dos mesmos recursos oferecidos pelo Brasil, que para algumas pessoas, também tem suas deficiências. Em novembro de 2011, um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para a Aids (Unaids) apontou que até o final de 2010 34 milhões de pessoas no mundo conviviam com o vírus HIV, que pode causar a Aids. Foram ainda 2,7 milhões de novas infecções pelo HIV e 1,8 milhão de óbitos por conta de complicações ligadas à Aids.

Os números no Brasil
Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, O Brasil tem 608.230 casos registrados de aids desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2011. Em 2010, foram notificados 34.218 casos da doença e a taxa de incidência de aids no Brasil foi de 17,9 casos por 100 mil habitantes.

A incidência de casos por regiões do país mostrou que entre 2000 a 2010:

  • Sudeste: incidência caiu de 24,5 para 17,6 casos por 100 mil habitantes;
  • Sul: cresceu de 27,1 para 28,8;
  • Norte: cresceu de 7,0 para 20,6;
  • Centro-Oeste: cresceu de 3,9 para 15,7;
  • Nordeste: cresceu de 7,1 para 12,6.

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A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 25 a 49 anos de idade. A incidência da doença ainda é maior entre os homens mesmo com o número de mulheres infectadas apresentando crescimento. Mas um dado chama a atenção, nas jovens do sexo feminino entre 13 e 19 anos o número de casos de aids é maior do que em homens da mesma faixa etária.

Transmissão

  • Nas mulheres: 83,1% dos casos registrados em 2010 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV;
  • Entre os homens: 42,4% dos casos se deram por relações heterossexuais; 22% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais.

 

Ao longo dos últimos 12 anos, a porcentagem de casos na população de 15 a 24 anos caiu. Mas outro dado preocupa: entre os gays da mesma faixa houve aumento de 10,1%. Em 2010, para cada 16 homossexuais dessa faixa etária vivendo com aids, havia 10 heterossexuais. Essa relação, em 1998, era de 12 para 10.

O que pode ser feito

  • Fazer campanhas de informação, mobilização e prevenção à Aids e de outras doenças epidêmicas;
  • Divulgar informações sobre todas as Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), na comunidade. Orientar sobre sintomas e busca de tratamento médico;
  • Fazer levantamento sobre os serviços disponíveis – remédios, postos de saúde, centros de atendimento;
  • Usar preservativo, exigir sangue testado e não compartilhar seringas e agulhas, prevenindo-se do HIV;
  • Não deixar acumular água em plantas, vasos, calhas, pneus, vidros e outros recipientes, evitando que surjam focos do mosquito transmissor da dengue em casa, na rua, no bairro;
  • Encaminhar as pessoas com febre e tosse persistentes ao serviço de saúde, além de orientar os portadores de tuberculose para que façam o tratamento completo – mesmo que não apresentem mais os sintomas da doença;
  • Incentivar o debate entre a universidade, as escolas e a comunidade para atingir mais amplamente esse objetivo.

 

Ações positivas que já mostramos aqui

 

Fotos e vídeo: Reprodução

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