Em um trabalho que durou três anos (entre 2007 e 2010), o premiado fotógrafo James Balog, conhecido por seus trabalhos para a revista National Geographic, começou um projeto que meche com um dos temas mais discutidos nos últimos anos, o aquecimento global e o derretimento das geleiras. O tema, hora negado, hora enfatizado por pesquisadores, era até tratado com ceticismo pelo fotógrafo.
O trabalho de Balog, uma parte do projeto Extreme Ice Survey-IES (Pesquisa Extrema no Gelo), contou com uma equipe de jovens aventureiros que tinham entre outras atribuições instalar câmeras e fotografar em diversos lugares arriscados do Ártico.
Quase um milhão de fotografias revelam o derretimento extraordinário em curso das geleiras e camadas de gelo, ajudando as pessoas a entenderem a realidade da mudança climática e proporcionando evidências visuais vitais para os cientistas que estudam a dinâmica das geleiras.
Ao todo, a equipe do IES instalou 27 câmeras em locais remotos na Groenlândia, Islândia, Nepal, no Alasca, e das Montanhas Rochosas, além de fotografia na Islândia, Canadá, nos Alpes franceses e suíços, e na Bolívia. O resultado das centenas de fotografias mostram o derretimento do gelo. As fotografias também foram base para o filme “Chasing Ice” e ao livro “ICE: Portraits of Vanishing Glaciers”, além de serem tema de reportagens e entrevistas em muitos jornais.
[youtube width=”600″ height=”344″]http://www.youtube.com/watch?v=eIZTMVNBjc4[/youtube]
Em um dos vídeos, depois de semanas de espera, Balog testemunhou a ruptura de 7,4 km³ de gelo do iceberg de Ilulissat, na Groenlândia. “Foi como ver Manhatan inteira se desfazer na frente dos seus olhos”, diz o fotógrafo em um trecho de sete minutos do documentário, veiculado pelo britânico The Guardian nesta quarta-feira (12).
Trecho do vídeo que mostra o desprendimento do iceberg.
[youtube width=”600″ height=”344″]http://www.youtube.com/watch?v=YoA_Z7y8f6Q[/youtube]
Fotos e vídeos: reprodução