Reduzir a mortalidade infantil

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O quarto Objetivo do Milênio da ONU faz referência a um dos estágios da vida humana mais frágeis: a primeira infância. Reduzir a mortalidade infantil é o desafio de muitas nações. O compromisso é reduzir para 17,9, os óbitos para cada mil crianças menores de 5 anos até 2015. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente, a taxa de mortalidade infantil no Brasil é de 19,3 óbitos por mil bebês nascidos vivos.

Mesmo não estando ainda dentro da meta da ONU, muito já foi feito no país. Para se ter uma ideia do quanto o Brasil avançou, em 1990, a taxa de mortalidade era de 47,1. Dessa forma, segundo a Saúde, o país está numa tendência de queda de 5,2% ao ano, quase o dobro dos 2,9% recomendados pela ONU. A expectativa é de que a taxa geral brasileira seja de 14,4 mortes por mil crianças nascidas vivas em 2012.

Ações pela vida
A situação atual do Brasil é de grande avanço. Mérito da política de saúde do governo direcionada às crianças e, também, de vários grupos de voluntariado que ajudaram a disseminar conhecimento básico para que mães, não só cuidassem melhor de seus filhos, mas tivessem mais esclarecimento dos seus direitos.

A Pastoral da Criança, reconhecida como uma das mais importantes organizações em todo o mundo a trabalhar em ações de combate à mortalidade infantil e melhoria da qualidade de vida das crianças e suas famílias, sem dúvida, foi essencial para que o Brasil alcançasse resultados tão significativos.

Criada em 1983, a Pastoral da Criança, hoje presente em todo o Brasil e em mais 19 países, tem como objetivo promover o desenvolvimento integral das crianças pobres, da concepção aos seis anos de idade, em seu contexto familiar e comunitário, a partir de ações preventivas de saúde, nutrição, educação e cidadania, realizadas por mais de 228 mil voluntários capacitados.

Claro, muito ainda tem que ser feito. Apesar dos avanços que o Brasil teve, muitos outros países do mundo sofrem ainda com a realidade da mortalidade infantil. Dados da ONU de 2010, mostravam que os países com maior mortalidade infantil do mundo são a Nigéria (168,7), Guiné-Bissau (158,6), Niger (161), Máli (161) e Chade (114,4). O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), diz ainda que, 24 países convivem com a realidade de ter 80% de suas crianças morrendo antes dos 5 anos de idade.

Chamada para a Ação pela Sobrevivência Infantil
Para tentar combater essa realidade, no último dia 14 de junho, mais de 80 governos e vários parceiros do setor privado, da sociedade civil e de organizações religiosas uniram-se na Chamada para a Ação pela Sobrevivência Infantil, um fórum convocado pelos governos da Etiópia, Índia e Estados Unidos, em colaboração com o UNICEF, para lançar um esforço sustentável e global para salvar a vida de crianças.

A meta da Chamada para a Ação é reduzir a mortalidade infantil para 20 ou menos óbitos de crianças por 1.000 nascidos vivos em todos os países até 2035. O cumprimento dessa meta histórica salvará a vida de 45 milhões de crianças a mais até 2035, fazendo com que o mundo chegue mais perto da meta de acabar com as mortes evitáveis de crianças.

“Temos as ferramentas, os tratamentos e a tecnologia para salvar milhões de vidas todos os anos e não há desculpa para não usá-los”, disse o Diretor Executivo do UNICEF, Anthony Lake. “Para renovar a nossa promessa para as crianças do mundo, temos de nos concentrar nas principais causas de mortalidade infantil, como diarreia, pneumonia e malária; na ampliação da cobertura de alto impacto e de tratamentos de baixo custo; na geração de uma maior inovação; e no incentivo de uma maior vontade política para alcançar as crianças mais inacessíveis. O grande objetivo de evitar mortes de crianças deve ser a nossa causa comum.”

A disseminação de conhecimento e de práticas sustentáveis não só pode ser, como é, um aliado essencial no combate a mortalidade. Dicas simples, como o cuidado com a água através da fervura para aqueles que não tem acesso a água potável, de canteiros e hortas sustentáveis individuais e/ou comunitários para que as crianças tenham acesso a outros nutrientes e tenham uma alimentação mais saudável e também sobre saneamento podem ser essenciais para evitar tantas mortes na primeira infância.

O que fazer?

  • Incentivar o aleitamento materno;
  • Fazer campanhas dando dicas de como a higiene pode evitar algumas doenças;
  • Esclarecer sobre a nutrição adequada para o bebê;
  • Importância das vacinas;
  • Fazer uma horta comunitária.

 

Ações Positivas que já mostramos aqui

 

Fotos: Reprodução

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