A maioria dos atores sonha interpretar diferentes tipos de personagens. Apesar de ter pouco tempo na TV, Marco Pigossi vem conseguindo mostrar que é um profissional versátil. No ar em “Gabriela”, o ator vive o bom moço Juvenal. No entanto, seu primeiro papel de destaque foi como o escandaloso gay Cássio, em Caras e Bocas, exibida em 2009. Já em Ti-Ti-Ti (2010), ele encarou o papel do mulherengo Pedro e em Fina Estampa (2001) o moço viveu o ambíguo Rafael. “O teatro me traz conhecimento e material para construir personagens completamente diferentes e verdadeiros”, justifica o ator, que concilia as gravações de Gabriela com a peça O Auto da Compadecida, onde vive o malandro Chicó, que está em cartaz em Curitiba.
Na trama adaptada por Walcyr Carrasco, Marco interpreta um homem romântico e um dos poucos que não frequenta o Bataclã, bordel da história. “As mulheres brincam nas ruas dizendo que querem um Juvenal só para elas”, conta. Para interpretar o personagem, o ator optou por não assistir à primeira versão, exibida em 1975. “Acho que a nossa Gabriela é outra obra, sob outros pontos de vista. Gosto de criar um personagem do zero. Se assistisse à primeira versão, talvez ficasse preso na atuação”, explica ele, que leu o original de Jorge Amado aos 15 anos. “Como sempre digo, as melhores histórias e os melhores personagens estão nos livros”, opina.
Com a proximidade do fim de Gabriela, Marco já tem novos planos profissionais! O ator começa a ensaiar a peça O Olho Azul da Falecida, com texto de Joe Orton. “Essa é a minha primeira produção no teatro. Estou ansioso para começarmos a trabalhar nela”, explica.
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