Eleições – A prática antiecológica da panfletagem

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A cada dois anos, cidades por todo o país revivem um fato vergonhoso do jeito que ainda se faz política no Brasil. As eleições passam, mas a sujeira nas ruas, nos muros, nos postes (mesmo sendo proibido), continua. Quem passa pelas ruas do centro das grandes cidades, como Fortaleza, por exemplo, se depara com um verdadeiro mar de panfletos de todos os tamanhos, cores e formas. Isso sem contar a poluição visual dos cartazes e faixas.

Pior: as “ações surpresa” em véspera de dia de eleição ainda são usadas por aqueles que sorrateiramente, na calada da noite, fazem chover panfletos com informações que por ventura possam manchar a integridade do seu oponente. Sim é uma guerra! Altos investimentos com algo que seguramente 90% das pessoas, por não desejarem receber tal panfleto, mas por um impulso ou pressão acabam segurando, vão acabar jogando fora assim que o distribuidor em questão virar as costas.

Muitos políticos dos mais diversos partidos já acordaram para a problemática dos panfletos. Eles não fazem ganhar eleição. As pessoas querem é ouvir propostas e não vão se atentar à leitura de algo que lhes é entregue quase que pela força, a não ser que por vontade própria aceitem receber. Por isso, mesmo aos poucos, já é possível presenciar campanhas que usam o mínimo de panfletos possível, e quando usam, não saem jogando aos quatro ventos.

Vale salientar que não só os políticos, mas empresas, também investem na velha prática de distribuir panfletos nos sinais. As ruas estão repletas deles. Se você aceita todos, em uma hora de caminhada já vai ter o suficiente para montar uma revista, dado o número excessivo de anúncios.

Não receba panfletos a menos que vá lê-los. Se receber não jogue pela janela do carro ou ônibus. Só quando as pessoas começarem a recusar panfletos nas ruas, de candidatos ou lojas, eles vão perceber que precisam de outras ações menos poluentes para vender seu produto. Seja consciente.

 

Foto: reprodução

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