Fato x Filme: a história real que inspirou 127 Horas

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127 Horas

Você é do tipo aventureiro ou apenas sobreviver à “selva de pedra” das grandes cidades já é aventura o suficiente? Seja como for, você provavelmente vai gostar do Fato x Filme dessa semana, que traz uma das histórias mais impressionantes que já contamos por aqui. Trata-se do que aconteceu com o montanhista Aron Ralston, que se perdeu durante uma trilha e precisou tomar uma decisão mais do que drástica para sobreviver. E ele teve sua vida contada no filme 127 Horas.

Lançado em 2010, 127 Horas é estrelado por James Franco no papel de Aron Ralston. No filme, ele resolve sair para escalar desfiladeiros de uma região desértica dos Estados Unidos sem avisar a ninguém para onde estava indo. No caminho, uma imensa pedra se deslocou e o acertou, esmagando e prendendo seu braço contra a parede. Tudo o que o alpinista tinha em sua mochila eram dois litros de água e pouquíssima comida. Após seis dias preso, sem conseguir ajuda, ele precisou tomar uma atitude radical: amputou o próprio braço com um canivete velho para se soltar e conseguir buscar auxílio.

A história real de 127 Horas

Os eventos contados em 127 Horas são bem parecidos com o que aconteceu de verdade com Aron Ralston. Quando ele tinha 27 anos, Ralston resolveu percorrer o Bluejohn Canyon em Utah. Aron já era um montanhista experiente, contudo, naquele dia, ele não apenas saiu sozinho como também não deixou nenhum tipo de recado informando a direção que pretendia tomar. E também não levou o celular, pois, na cabeça dele, como não haveria sinal no meio do deserto, era algo desnecessário.

Enquanto caminhava entre os desfiladeiros, Aron escorregou em uma pedra que pesava cerca de meia tonelada, que se soltou e caiu junto com ele. Na queda, o braço direito de Ralston foi esmagado pela pedra e ficou preso conta a rocha e a parede do desfiladeiro. Por mais que gritasse pedindo socorro, o montanhista estava em uma região remota do deserto, pouco frequentada por turistas então, dificilmente alguém o ouviria. Nos dois primeiros dias, ele tentou sobreviver com apenas alguns poucos goles da água que havia levado e a pouca comida. No entanto, no terceiro dia, os suprimentos acabaram.

127 Horas

Ao longo desse período, ele tentou mover a pedra para soltar o braço – em vão, pois a rocha era muito grande e pesada. Como nenhuma equipe de resgate tinha aparecido, ele começou a pensar em como faria para se salvar daquela situação. Aos poucos, Aron passou a delirar e, em meio a isso, teve a ideia de pegar seu kit de ferramentas em amputar o próprio braço com um canivete meio cego. Entre a dor e a falta de esperança de sair vivo, Aron gravou seu nome na parede e até gravou um vídeo de despedida com a câmera que havia levado.

No entanto, após um sonho, ele resolveu tentar mais uma vez e insistir em sair dali com vida. Como não conseguia cortar os ossos do seu braço, Aron passou a se debater contra a rocha até conseguir quebrá-los. Depois, enfim conseguiu sair do desfiladeiro, ele ainda caminhou cerca de 10 quilômetros até se encontrado por uma família holandesa que o ajudou até que ele fosse resgatado. Ao todo, foram seis dias de agonia para Aron. Posteriormente, Ralston contou sua história em um livro – que serviu justamente de base para o filme. E quem ficou interessado em conferir 127 Horas, o longa está disponível via streaming no Star+.

fotos e vídeo: Reprodução

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