Cercado por polêmicas, o filme estrelado por Nicole Kidman foi recebido com vaias e críticas pela impressa na abertura de Cannes
Grace Kelly conheceu o príncipe Rainier – de Mônaco – no Festival de Cannes de 1955. Um ano depois ela largava a carreira de sucesso como atriz para ser princesa. O conto de fadas, no entanto, não teve um final feliz. Ela morreu em um acidente de carro em 1982. O filme, porém, não tem foco nesses fatos. Grace: a Princesa de Mônaco abriu nesta quarta-feira (14), a 67ª edição do Festival de Cannes. O diretor frustrou alguns espectadores que esperavam uma cinebiografia ao mostrar apenas uma parte da vida da princesa.
Nicole Kidman ficou com a difícil missão de interpretar uma das maiores divas do cinema. Mas antes mesmo da estreia, o filme vem causando polêmica. A família Grimaldi não ficou satisfeita com o modo como a princesa foi retratada no filme. A família chegou a emitir um comunicado dizendo que a produção é uma farsa e não compareceu à abertura do Festival. Além da família da princesa, o produtor Harvey Weistein também não simpatizou com a versão final do longa.
Os primeiros a verem o filme foi a imprensa presente no Festival de Cannes. A reação foi pior que a esperada. Risadas involuntárias e calorosas vaias foram ouvidas. O roteiro deixa a desejar, realmente, pois mostra uma Grace melancólica e infeliz com o casamento. A fotografia e o belo figuro poderiam salvar o filme, mas não conseguem esconder os péssimos diálogos da trama.
Na coletiva de imprensa, coube a estrela Nicole Kidman amenizar as críticas ao filme. “Fico triste que a família de Grace tenha rejeitado o filme. Não tivemos malícia em relação a eles. Esta é uma ficção, não é biografia e precisamos tomar algumas licenças dramáticas. São seus pais retratados na tela, entendo que estejam buscando uma proteção de privacidade. Mas quero que eles saibam que minha performance foi feita com muito amor”, disse.
Vale ressaltar que nos primeiros segundos de filme, há uma legenda que quis se tratar de uma obra de ficção baseada em fatos reais. Se a ficção fosse menor e tivesse dado mais lugar a realidade, o filme seria mais atraente. Afinal, a história de Grace Kelly é uma das mais interessantes do cinema até hoje.
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Fotos e vídeo: Reprodução