House Sessions – Entrevista com DJ Rose Rodrigues

Entretenimento|Música

Hoje, temos Djs com sets mais criativos do que nunca e um público triplicando o numero de entradas nas casas noturnas, como é de praxe em terras alencarinas. Atualmente, existe um clima de renovação musical e de postura profissional, apesar de um ou outro se intimidar e mostrar suas reais intenções nas redes sociais. O termo “conceitual” começa a se disseminar novamente após longo período de música eletrônica presa ao formato pop dance, tocado interminavelmente nas rádios. Isso fez com que a música deixasse de se tornar a essência da apresentação de um dj, exaltando a sua popularidade e influência com promoters, mensurados através das redes sociais como critério decisivo da escolha do próprio público. Atualmente,  a obviedade e previsibilidade finalmente estão saindo pela esquerda, e muitos djs estão podendo se apresentar à vontade, construindo uma identidade sonora e explorando as performances como arte. Converso agora com uma das djs mais promissoras de Fortaleza, que toca a boa e velha house music com maestria e muita personalidade, além de se destacar com estilo peculiar: Dj Rose Rodrigues que nos mostra um dos melhores sets que escutei atualmente. Clique aqui.

Hudson Cordeiro: Como foi sua influência musical desde a adolescência?
Rose Rodrigues: Desde sempre a música eletrônica esteve presente na minha vida. Lembro que minha mãe falava que eu nunca gostava do que a maioria curtia: “Minha filha, por que você é sempre do contra?” (risos). Mas, me senti mais tocada pela música eletrônica quando passei a frequentar as noites da barraca Lounge Beach. Senti que era de música que eu queria viver, de boa música.

HC: O que é necessário pra se tornar um bom DJ?
RR: Bom dj precisa ter conteúdo,cultura musical, não ficar bitolado só no que você gosta de tocar, nem tampouco se deixar levar pelo comércio. Acho que a função do dj, além de entreter e fazer dançar, é educar o seu público, mostrar o que tem de novo, mostrar que tem muita coisa antiga que também funciona na pista.

HC:Você impõe um estilo/ identidade sonora ou sempre se adapta à pista?
RR: Já tentei impor no começo, mas isso não funciona. Aprendi isso logo. Adaptar-se, na minha opinião, tem sido o melhor remédio. Mas sem perder sua essência.

HC: Quais os melhores projetos atualmente na cidade?
RR: Agora mesmo estou curtindo um dos projetos mais bacanas da cena house aqui: Villa Deep. Som elegante, fino. Curto muito também a Baladinha da Guardaria. Acho que estamos no caminho certo. Hoje as pessoas já estão mais abertas para esse tipo de proposta musical.

HC: Quem é o melhor dj de Fortaleza?
RR: Pode ser mais de um? (risos)  Ai, tem mais de um, pois fica difícil. Mas posso dizer que o Fil, para mim, é minha inspiração. Tenho muito respeito pelo trabalho dele, muita admiração. O Fil quebra tudo.

Para saber mais sobre Rose? Então, clique aqui!

 

 

Fotos: Arquivo pessoal de Rose Rodrigues

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