“Será que os planos do Brasil para avançar ameaçam modos de vida tradicionais?”. Está é a pergunta que abre uma reportagem da Século XXI / TV ONU, sobre a Hidrelétrica de Belo Monte. A equipe de TV visitou o Pará para entender toda a problemática em torno da construção da hidrelétrica.
Segundo a reportagem, se a construção da Belo monte for efetivada, ela será a terceira maior hidrelétrica do mundo e afetará diretamente a vida de mais de 13 mil indígenas de pelo menos 16 tribos. Três Gangantas, China, é hoje a maior hidrelétrica do mundo, seguida de Itaipu (Brasil/Paraguai).
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As obras da belo monte tinham sido paralisadas pela última vez no dia 23 de agosto, por determinação do Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Quatro dias depois, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Ayres Britto, deu liminar autorizando a retomada das obras.
À época, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, falou que as comunidades indígenas afetadas pelo empreendimento deveriam ser consultadas. “A consulta aos povos indígenas, quanto às medidas administrativas e legislativas que possam afetá-los, é consequência lógica e necessária de sua autodeterminação, ou seja, da possibilidade de traçarem para si, livres da interferência de terceiros, os seus projetos de vida”, diz o documento.
Certamente o impasse por conta das obras e do impacto que elas podem causar ainda vai ser cena de muitos capítulos, no Brasil e, em outras partes do mundo. Quem vai sair vencedor? Esperamos que seja a vida (das pessoas e da natureza), a garantia de direitos e dignidade das populações da região.
Foto e vídeo: reprodução