A situação vivenciada nas ilhas africanas é um grande alerta: a criação de políticas de conservação da biodiversidade em todos os países é urgente.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (International Union for Conservation of Nature – IUCN), responsável por fazer o levantamento das espécies ameaçadas de extinção, acrescentou 402 espécies à Lista Vermelha. O levantamento já conta com 65.518 espécies divididas em categorias que chegam até a “extinta”. Em Madagascar, por exemplo, 83% das palmeiras estão ameaçadas de desaparecer das ilhas.
No caso de Madagascar, as palmeiras fazem parte do ciclo de subsistência de boa parte da população que vive da extração de palmito. O que mais preocupa é que as 192 espécies de palmeiras só ocorrem nas ilhas. A extração sem controle do palmito e o desmatamento são os fatores que mais contribuem para eliminação de exemplares.
Exemplo claro é o da recém-descoberta Tahina Palm ( Tahina spectabilis ), também conhecida como Palma do Suicídio. A palmeira que cresce até 18 metros de altura só tem 30 exemplares adultos na natureza, é classificada pela IUCN como espécie em Perigo Crítico, boa parte do seu território foi convertido em área para a agricultura.
A situação vivida em Madagascar é um alerta para todo o mundo. Os países precisam investir em políticas concretas de conservação das espécies, alternativas sustentáveis e educação ambiental para as populações que dependem diretamente da extração para a sobrevivência.
No Brasil é imprescindível uma fiscalização mais eficaz por parte dos órgãos ambientais e punições mais severas para grandes latifundiários e empresários que exploração indiscriminadamente áreas em todos os biomas do país.
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