Muitas pessoas têm ou já tiveram aquele medo nada básico de ficarem sozinhas até o fim da vida. E ser uma solidão tão grande que elas vão morrer e não vai ter ninguém para sentir falta. Pois bem, uma história assim parece absurda, mas na Europa, ela tem se tornado relativamente comum, principalmente porque a população está envelhecendo rápido em relação a quantidade de nascimentos. Um dos casos mais curiosos aconteceu na Espanha, onde o corpo de uma mulher mumificada foi encontrado no apartamento dela. E detalhe: somente depois de cerca de 15 anos após sua morte é que ela foi encontrada.
O caso aconteceu em Madri, onde o corpo da senhora Isabel Rivera Hernández, de 78 anos, foi encontrada em seu banheiro. Ela morava no segundo andar de um prédio no nordeste da capital espanhola. Daí você se pergunta “nossa, mas ela era tão sozinha assim a ponto de nenhum vizinho se dar conta do sumiço dela?”. Pois bem, nesse caso, os vizinhos se preocuparam sim com o sumiço dela.
Eles notaram que a senhorinha não era mais vista ainda em 2004. Inclusive, chegaram a contactar os agentes de polícia relatando o sumiço da vizinha, mas não foram respondidos. Há cerca de cinco anos, outra moradora do prédio notou que a janela do apartamento estava um pouco aberta, e chamou novamente a polícia com medo de Isabel Rivera ter sido assaltada. A polícia foi até o local averiguar, no entanto, sem mandato nem nada, os agentes não podiam entrar. Na caixa de correio, havia uma conta de luz. O policial então checou no sistema que todas as contas da casa vinham sendo pagas normalmente. Assumiram que estava tudo bem com a moradora e, mais uma vez, ninguém contactou a senhora diretamente.
Mulher mumificada é encontrada anos depois
Os anos passaram e os vizinhos continuavam preocupados com Isabel. Após muita insistência, um familiar dela contactou a polícia denunciando seu desaparecimento. Foi quando enfim a polícia arrombou a porta do apartamento e encontrou a mulher mumificada. Segundo especialistas, uma combinação de umidade mais a ventilação do local favoreceram o processo de mumificação. Sendo assim, o corpo não se decompôs como seria o esperado e, por isso, não houve mal cheiro nem nada. Em relação às contas, elas haviam sido colocadas em débito automático. E, como a velhinha recebia um pagamento mensal pela sua aposentadoria, tudo continuava sendo pago normalmente.
Gente, que família é essa que leva quinze anos para denunciar o desaparecimento de um parente e insistir na investigação?
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