No futuro, com a migração de boa parte das populações para os centros urbanos, não serão as pessoas que tomaram conta das cidades, mas a natureza é que vai reclamar o seu espaço. Pelo menos é essa a imagem futurista/apocalíptica das obras digitais do italiano Giacomo Costa.
Os trabalhos do artista são tão reais, que prendem a atenção pela precisão dos detalhes e pela profundidade do contexto. Conta-se que na recepção do seu escritório em Madri, um homem, depois de fitar por longo tempo dois de seus quadros perguntou: “Quando é que tudo isso acontecer? Nunca ouvi falar sobre isso!”.
A maioria das obras tem um sentido e tudo permeia a escuridão e a destruição, embora haja exceções. Uma delas é uma metrópole esticada verticalmente, com muitos estilos e períodos, em camadas umas em cima do outras, subindo como um canyon banhado pelo sol.
Com seu trabalho, exposto permanentemente no museu Le Peintre de la vie moderne, em Paris, Giacomo instiga a reflexão sobre a fragilidade do mundo e de todas as construções contidas nele. A natureza pode mais!
Fotos: reprodução
