Em 2015 se deu o primeiro caso de vírus da zika na América do sul, deixando muita gente em pânico. Que o mosquito transmissor do vírus se reproduz em água limpa e parada todo mundo já sabe, no entanto, recentemente um grupo de pesquisadores de várias instituições, entre elas a Universidade de Yale, nos Estados Unidos, fez uma revelação bastante assustadora.
Segundo os pesquisadores, o órgão sexual feminino é um “ninho” onde o vírus da zika pode se replicar durante um longo tempo e, após experiências realizadas com ratas grávidas, pode causar uma infecção cerebral no feto.
Para chegar a essa conclusão os cientistas criaram o primeiro modelo de uma infecção vaginal da zika em ratas para tentar compreender os mecanismos que o vírus utiliza para “invadir o corpo a partir dos genitais” nas transmissões por contágio sexual.
De acordo com a imunologista de Yale, Akiko Iwasaki, com a experiência com o herpes genital eles desejam entender como o vírus da zika se comporta quando é transmitido através do sexo.
A cientista e sua equipe descobriram que o vírus pode sobreviver e se replicar durante vários dias na mucosa vaginal das fêmeas de rato. Ao infectar as ratas grávidas pela vagina, os cientistas comprovaram que os fetos se desenvolviam de maneira mais lenta que o normal e sofriam com infecção cerebral.
“Somos cautelosos sobre qualquer conclusão sobre a transmissão humana neste ponto, mas a vagina poderia ser um lugar onde o vírus da zika pode se replicar por um longo período. A vagina poderia ser um reservatório para o vírus em humanos, mas é preciso mais pesquisas”, concluiu Iwasaki.
Os pesquisadores estão trabalhando agora para descobrir o caminho feito pelo vírus da mucosa vaginal até infectar o feto, um feito que consideram “muito preocupante”. Além disso, eles buscam meios para bloquear a entrada do vírus pelo trato vaginal.
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